“Tirar milhões da extrema pobreza é construir a paz”, diz Esquivel após visitar Lula. Vídeo

Depois de ser impedido, o Prêmio Nobel da Paz consegue visitar o ex-presidente; ele foi acompanhado do ex-ministro Celso Amorim e do candidato a vice Fernando Haddad

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[caption id="attachment_138570" align="alignnone" width="780"] Foto: Ricardo Stuckert[/caption] Por Agência PT de notícias Após ter a visita barrada em abril, o ativista argentino e Prêmio Nobel da Paz, Adolfo Pérez Esquivel, visitou Lula no prédio da Superintendência da Polícia Federal, na tarde desta quinta-feira (16). Ele revelou que conversou com o ex-presidente sobre a situação do Brasil e da América Latina, a perseguição política e a solidariedade internacional. Na companhia de Celso Amorim, ex-ministro das Relações Exteriores e Defesa dos governos do PT, Esquivel reafirmou a indicação de Lula ao prêmio Nobel da Paz. “Muitos representantes internacionais se somaram e assinaram o documento, como Noam Chomsky. Temos mais de 300 mil assinaturas apoiando a indicação do Lula ao Nobel. Eu não conheço outro líder que tirou 36 milhões de pessoas da extrema pobreza. Isso é um feito que precisa ser reconhecido, porque tirar milhões de pessoas da extrema pobreza, é construir a paz”, revela Esquivel. Papa O ex-ministro Celso Amorim aproveitou a visita desta quinta para entregar o exemplar do livro “A verdade vencerá” (Boitempo Editorial), no qual o Papa Francisco enviou uma mensagem a Lula. “Foi uma honra poder fazer a visita de hoje com o Esquivel. Pude contar ao Lula de como foi encontrar o Papa. De como nosso pedido de encontro só precisou de 12 horas para ser aceito, o que mostra como o Papa está atento ao que está acontecendo com o ex-presidente e com o Brasil”. Segundo o ex-ministro, Lula está indignado com a submissão brasileira aos Estados Unidos, simbolizada com a visita do Secretário de Defesa James Mattis. “Lula lembrou de todos os esforços que fez para integrar a América Latina. Agora isso está sendo destruído por ações de alguns países. O tempo em que um representante dos Estados Unidos vinha dar ordens aqui já tinha passado, mas agora está voltando. O ex-presidente está indignado com a entrega da nossa soberania, que ameaça a Petrobras e os bancos públicos”, diz.