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Em um vídeo divulgado nas redes sociais do ex-presidente Lula nesta quarta-feira (4), o advogado Geoffrey Robertson anunciou que as Organizações das Nações Unidas (ONU) irão investigar a denúncia contra o juiz Sergio Moro. A defesa do ex-presidente acusa o magistrado de violar os direitos fundamentais de Lula ao condená-lo a nove anos de prisão no caso do tríplex do Guarujá (SP).
Segundo o advogado, o governo do presidente Michel Temer tentou impedir o trabalho de apuração da Comissão de Direitos Humanos da ONU, mas a organização não aceitou as alegações e deu seguimento ao caso.
"A Comissão [de Direitos Humanos da ONU] apresentou na última semana uma decisão na qual rejeitou a tentativa do governo brasileiro de parar a tramitação do caso e disse que julgaria o mérito da causa", disse o advogado. "Então, o Brasil terá que se defender internacionalmente contra as alegações de ter violado o direito de Lula à presunção de inocência, de lhe ter imposto um julgamento injusto perante um juiz parcial", concluiu.
O apelação da defesa do ex-presidente da ONU começou ainda em 2016 sob a alegação de parcialidade do juiz Sergio Moro na condução do processo contra Lula.
TRF-4 mantém Sergio Moro em ações contra Lula
O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) negou, nesta quarta-feira (4), duas solicitações de exceção de suspeição feitos pelos advogados do ex-presidente Lula. Os recursos pediam o afastamento de Sergio Moro da condução dos processos do sítio em Atibaia e do Instituto Lula, segundo informações do G1. Os processos tramitam na 13ª Vara Federal de Curitiba, primeira instância da Operação Lava Jato, e ainda não tiveram sentença.
A decisão foi unânime. A defesa ainda pode recorrer com o recurso de embargos de declaração. O TRF-4 havia julgado outros pedidos de suspeição contra Moro, todos negados. “A participação de eventos com ou sem a presença de agentes políticos não macula a isenção do juiz, em especial porque possuem natureza meramente acadêmica, informativa ou cerimonial, sendo notório que em tais aparições não há pronunciamentos específicos a respeito de processos em andamento”, afirmou o o desembargador João Pedro Gebran Neto.