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A pré-candidata do PCdoB à presidência da República, Manuela D'Ávila, participou do programa Band Eleições exibido pela emissora paulista nesta terça-feira (3). Assim como no Roda Viva, os jornalistas ocuparam grande parte do programa para discutir a liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Manuela reafirmou que concederá o indulto a Lula caso seja eleita e defendeu que o líder do PT foi condenado sem base legal e que o mérito do caso precisa ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF)
Manuela foi incisiva ao criticar o processo conduzido pelo juiz Sergio Moro. Ao responder sobre a ruptura do regramento constitucional que o indulto a Lula provocaria, disse que "preferencialmente o sistema jurídico funciona como manda a Constituição e não desfilando em Nova York abraçado a tucano como faz o juiz Sergio Moro". Em maio deste ano, Moro se permitiu ser fotografado ao lado do pré-candidato ao governo de São Paulo, João Dória, em evento nos Estados Unidos.
O jornalista Fabio Panuzzio perguntou a candidata se a concessão do indulto não tornaria a pré-candidata e o PCdoB "sócios" do PT "em erros que não cometeram". Manuela afirmou que a defesa de Lula é mais uma das escolhas que fez por princípios ao longo da trajetória política. "É difícil defender o certo. Mas as opções que eu fiz na minha vida desde os 16 anos não foi de defender as coisas mais fáceis foi de defender o que eu achasse justo. Não conseguiram provar os crimes que dizem que ele cometeu", disse a pré-candidata.
Panuzzio perguntou se defender a liberdade de Lula não seria "um peso pesado demais" para uma candidatura à presidência. "Quem quer ser presidente da República tem que ter coragem para falar o que acha certo. O Brasil cansou de candidato a presidente marqueteiro, que defende o que as pesquisas e o que os big datas de internet defendem"argumentou. Eu tenho coragem de dizer o que eu acredito. Eu acredito na inocência do presidente Lula. Juristas do mundo inteiro dizem isso (da falta de provas)", lembrou.
Manuela defendeu o julgamento do mérito pelo Supremo Tribunal Federal. Na última sexta-feira, a presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia fechou a agenda de julgamentos para até o fim do mandato na presidência da Corte e não incluiu a revisão da prisão em segunda instância.
"Se eu fosse uma das magistradas com responsabilidade de fazer esse julgamento no mérito, e digo isso de forma muito respeitosa, eu me esforçaria muito para que isso acontecesse. Estamos tratando de um ex-presidente da República, do primeiro colocado nas pesquisas. se existe uma Corte que tem responsabilidade de fazer o julgamento do mérito, que faça também", ponderou a pré-candidata. "Eu não tenho problema de parecer o que eu não sou. Eu tenho muita convicção daquilo que eu defendo", completou.
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