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POLÍTICA
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[caption id="attachment_137644" align="alignnone" width="770"] Foto: Renato Cobucci/Prefeitura de BH[/caption]
Roberto Carvalho*
Os eleitores vão escolher, nas próximas eleições, em que tipo de país eles querem viver. A eleição do próximo presidente, dos governadores, senadores e deputados define os rumos do país e o nível de vida do seu povo. Os brasileiros decidirão se preferem um país soberano, capaz de disputar um lugar entre as grandes potências do planeta, garantindo dignidade, qualidade de vida e futuro para toda a população; ou aceitarão regredir ao estágio de uma semicolônia, onde a maioria do povo irá padecer o desemprego, o subemprego, o aumento da miséria e a permanente insegurança.
Nunca se decidiu tanto em uma única eleição.
Como o país aprendeu no golpe contra Dilma Rousseff, não basta conquistar a presidência para governar o Brasil. A experiência traumática ensinou que é fundamental alterar a correlação de forças nas instituições brasileiras, elevando a força do campo democrático, popular, soberano e desenvolvimentista.
Disputa pelo Congresso será decisiva para o futuro
A instituição chave neste momento da história é o Congresso Nacional, pois é lá que são feitas as leis e, de acordo com o modelo de democracia que a Constituição de 1988 definiu, a Câmara e o Senado concentram o verdadeiro poder no país. Os deputados federais e senadores explicitaram para o mundo, que eles podem cassar milhões de votos e tirar um presidente do poder pelos motivos mais fúteis.
Evidentemente há outros focos de poder, no STF, no Judiciário, nas Forças Armadas, nas corporações bancárias, empresariais etc. Entretanto, é no Congresso Nacional que se dá a verdadeira disputa pelo poder no Brasil.
Por isso, não basta a vitória de um presidente alinhado com o campo democrático, popular, soberano e desenvolvimentista; é também essencial disputar a hegemonia na Câmara Federal e no Senado da República. Sem maioria no Congresso, nenhum presidente consegue governar e estará sempre ameaçado por um impeachment frívolo.
A disputa pela hegemonia no Congresso Nacional, para facilitar a atuação de um governo progressista na presidência, é minha maior motivação na disputa de um mandato de deputado federal. É preciso resgatar o Brasil da destruição e cada voto nos deputados e senadores democratas e progressistas contribui para isso.
As eleições são o grande momento para derrotar o golpe e só assim o país será colocado novamente nos trilhos da justiça social, do desenvolvimento e da prosperidade para todos.
No entanto, há outras frentes essenciais de luta que me motivam a assumir a disputa por um mandato na Câmara Federal: a defesa do presidente Lula contra as absurdas injustiças que ele vem sofrendo, o presente e o futuro de Minas Gerais, especialmente Belo Horizonte, minha terra de adoção, e a Zona da Mata, onde nasci.
A defesa do presidente Lula se confunde com a própria luta contra o golpe e pelo resgate da democracia no Brasil. O grande movimento #LulaLivre reúne aqueles que combatem contra o desmonte do Brasil, a entrega de nossas riquezas, a abdicação da soberania e o desprezo com que é voltado para a maioria do nosso povo.
Defender Minas é preservar uma trincheira da democracia
Minas Gerais foi saqueado, destruído e inviabilizado pelos anos de governos aecistas. Depois da tragédia que foi Eduardo Azeredo, o saudoso presidente Itamar Franco, quando governador, saneou e reorganizou as finanças do estado, antes de entregar o governo para Aécio Neves.
Seguindo a tradição predadora dos tucanos, Aécio e Anastasia desarticularam o bom trabalho que Itamar havia feito.
Os integrantes da quadrilha aecista nunca tiveram espírito público. Governar, para o aecismo, é uma forma de desviar o erário público em direção aos bolsos dos “amigos”.
Dessa forma, os governos aecistas nunca se preocuparam com grandes projetos estruturantes para Minas Gerais. Eles jamais levaram em conta a qualidade de vida da população mineira. E desenvolvimento, para o aecismo, é uma piada.
Os governos aecistas, comandados por Aécio e Anastasia, se estruturaram unicamente em torno de artifícios vazios de marketing. “Choque de Gestão” ou “Déficit Zero” são apenas nomes bonitos, que serviram de nuvens de fumaça, para esconder uma gigantesca pilhagem dos recursos e riquezas de Minas Gerais.
O "Choque de Gestão” foi uma máquina concebida com o objetivo de transferir o patrimônio mineiro para os aecistas e seus financiadores. Um grande patrimônio do estado de Minas Gerais, estimado em bilhões de dólares, acabou entregue de maneira obscura a empresários ligados ao aecismo.
Exemplos disso são as ações da Cemig direcionadas para a Andrade Gutierrez, que mesmo sendo minoritária – porque pela lei, a venda de estatais mineiras deve ser aprovada pela Assembleia Legislativa – passou a ter o controle administrativo, financeiro e estratégico da companhia.
No caso da Copasa, os governos de Aécio e Anastasia deixaram de investir na empresa, o que paralisou inúmeras obras em cidades do interior, obrigando prefeituras a romper o contrato com a estatal, para buscar alternativas no mercado. Evidentemente, empresas ligadas ao esquema aecista substituíram a Copasa em vários desses municípios de Minas Gerais.
O “Déficit Zero”, por seu lado, chegou a ser ainda mais lesivo para o Estado. Trata-se de uma maquiagem das finanças mineiras, que durante os governos aecistas nunca atingiram o equilíbrio. Para operar essa maquiagem, Anastasia, o mentor intelectual da contabilidade criativa aecista, desfalcou e desviou recursos de áreas essenciais para o bem-estar dos mineiros, como saúde, educação e segurança pública.
Como o que é ruim ainda pode piorar, Anastasia utilizou a maquiagem nas contas públicas (uma superpedalada), para convencer bancos nacionais e internacionais a conceder financiamentos bilionários para o estado. O dinheiro dos empréstimos em moeda forte foi destinado a obras, que não trouxeram nenhum benefício para a população, como a Cidade Administrativa – um prédio longe de tudo utilizado para confinar funcionários públicos. Boa parte desses recursos, de acordo com a Polícia Federal, alimentou o caixa de construtoras amigas.
A Polícia Federal descobriu que uma bolada dessa dinheirama acabou em contas bancárias (situadas em paraísos fiscais), em nome dos cardeais aecistas, principalmente Aécio, sua família e Anastasia.
Essa operação quebrou Minas Gerais. Por excesso de elegância, o governador não denunciou imediatamente seus antecessores aecistas irresponsáveis.
Mesmo tendo herdado estado pilhado e falido, o governo Fernando Pimentel vem conseguindo conduzir o governo estadual, com equilíbrio e tranquilidade. O governador conseguiu manter Minas Gerais afastado do caos que penaliza outros estados, como Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Espirito Santo e São Paulo.
Em São Paulo a situação é trágica, o que é escondido pela mídia. O governo paulista não paga sua dívida com a União há nove meses, mas conta com a proteção de Temer. Além disso, como Alckmin não tomou providência – ao contrário do governo minero – os paulistas estão prestes a enfrentar uma nova crise hídrica, ainda mais séria.
Com o golpe, a situação não é fácil em lugar algum do Brasil, mas Minas Gerais segue em frente e como deputado federal, pretendo me empenhar, para vencer o cerco ao estado.
Fazer de BH uma cidade do mundo para Minas avançar ao futuro
Minha relação com Belo Horizonte é de muito afeto. Além disso, tive a honra de ter participado de um dos melhores momentos da história da cidade. Fui vereador e líder do governo do nosso saudoso prefeito Dr. Célio de Castro. Com isso mereci a confiança do Dr. Célio e do meu amigo Fernando Pimentel, para ser o articulador da chapa que se formou unindo esses dois políticos e administradores admiráveis.
Quando o prefeito Célio de Castro, que era conhecido carinhosamente pela população de Belo Horizonte como o Dr. BH, teve que se afastar, em função da sua doença, seu vice, Fernando Pimentel, era a escolha natural para a sucessão. Fui honrado com o convite para ser o coordenador da Campanha Pimentel Prefeito.
Como sua grande gentileza, Pimentel se referiu a mim em um almoço após a campanha vitoriosa, dizendo que “50% da minha eleição eu devo a esse meu irmão e amigo, Roberto Carvalho”.
Mais tarde fui indicado para ser vice-prefeito, representando o PT.
Ao longo desses anos tive a honra e o prazer de contribuir para melhorar a minha – nossa – cidade.
Alguns exemplos são:
- A idealização, articulação e autoria da lei que criou o primeiro Centro de Especialidades Médicas (CEM) do Brasil, antigo Cardiominas, que atende hoje mais de 60 mil consultas por mês e serviu como modelo para o Governo Federal.
- Readequação do trecho ferroviário Horto/General Carneiro, em Sabará, que eliminou a segregação de parte de BH e da região próxima a Sabará, que tinham dificuldade de acesso devido à ferrovia – a obra ainda evitou acidentes e mortes, causados por acidentes entre veículos, pedestres e trens.
- Viabilização da Alça e trincheira da BR 356, ligando à MG 030, em Nova Lima, fundamental para a mobilidade no Vale do Sereno, Seis Pistas, Rio Acima e o Bairro Belvedere, de Belo Horizonte.
- Criador do programa Pró-Cachaça, que elevou a cachaça artesanal de Minas Gerais ao status de bebida de qualidade, fazendo com que ela chegasse ao mercado nacional e mundial, gerando mais de 250 mil empregos diretos.
- Idealizados do programa Bolsa Verde, a primeira iniciativa de compensação pela preservação de ecossistemas matas ciliares, que remunera economicamente o produtor rural, além de fornecer assessoramento técnico e insumos para a preservação, o que transforma o produtor rural em fornecedor de água.