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Por RBA
O coordenador do programa de governo do pré-candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Fernando Haddad, esteve nesta terça-feira (31) na sede da Polícia Federal do Paraná, onde Lula está preso desde abri. Discutiu com o ex-presidente plano de governo e estratégias para a eleição.
Haddad, ex-ministro da Educação (2005-2012) e ex-prefeito de São Paulo (2013-2016), disse que a prioridade no atual contexto político é pressionar o governo do presidente Michel Temer (MDB) e conter novas medidas que afetem ainda mais as estruturas de Estado. "O governo Temer deveria parar de tomar medidas de caráter estrutural como a venda da Embraer. Se ele tivesse legitimidade nas urnas, com um programa aprovado (através do voto), ok, mas não é o caso", disse.
Segundo Haddad, que integra a equipe de advogados de Lula, Era a hora de medidas estruturais serem suspensas para que o presidente eleito encaminhe as demandas da sociedade. "É uma questão de soberania nacional, não partidária. As pessoas devem cobrar o governo Temer a suspensão da venda dos ativos brasileiros."
Haddad disse que a articulação da candidatura de Lula está em processo final, para que seja apresentada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 15 de agosto. No dia, movimentos sociais e entidades organizadas civis pretendem realizar grande manifestação em Brasília.
"Estamos tratando dos últimos detalhes e o plano de governo é necessário para o registro da candidatura. Esse documento vai ser levado para a aprovação do diretório nacional. Trouxe informações da questão das alianças, de dirigentes de outros partidos. Ele está acompanhando, sempre disposto a somar forças, e vamos fazer ainda uma última rodada de negociações", concluiu, ao citar como possível aliados PCdoB, PSB e Pros.