O cantor e compositor Raimundo Fagner disse, em entrevista ao Glamurana, publicada nesta terça-feira (25), lamentar a falta que sente de Chico Buarque, seu parceiro de pelada. “Chico [Buarque] foi meu grande parceiro. Faz tempo que a política nos separou, mas não influenciou no carinho que tenho por ele. Perdi um amigo que amo muito. Infelizmente, porque a política deveria ser uma coisa a parte”, disse.
Fagner avisa também que prepara seu próximo álbum de inéditas com a promessa de que será o melhor de sua carreira, sem modéstia: “Duvido que qualquer artista consiga ter um igual”, alertou. Ainda, de forma ‘modesta’, lembra a frase que Nara Leão lhe falou: ‘Fagner, você vai fazer sucesso sempre porque o público te ama. Esse carisma que você tem eu só vi em Chico [Buarque]’.
Ainda sobre política, Fagner lembra as mudanças que presenciou: “Além de meus amigos de geração serem Tasso [Jereissati] e Ciro [Gomes], entre tantos outros políticos, presenciei toda a mudança que tivemos no Ceará com o fim da gestão dos coronéis para o início de uma democracia, então me dediquei e me envolvi muito com a política, a ponto de tê-la colocado como prioridade em alguns momentos da minha carreira. Me arrependo de ter perdido tanto com isso, participando tão ativamente de tudo, me apresentando em palanques… Tomei muita bola nas costas, fui até o fundo do poço, mas aprendi. Era apenas uma ficção. Recebia muitos conselhos para me envolver menos e não ouvi. Deveria ter sido mais ‘light’.”
Perguntado em quem vai votar nas próximas eleições, disse “Tenho um grande amigo na disputa, o Ciro Gomes – já contribuí muito na campanha dele no Ceará -, e também Alvaro Dias e Geraldo Alckmin, que não são amigos, mas já acompanhei de perto”, encerrou.