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O Partido dos Trabalhadores (PT) irá recorrer nesta semana para que o ex-presidente Lula possa gravar vídeos para a nova candidatura à presidência da República na sede da Polícia Federal. A senadora Gleisi Hoffmann (PT/PR) confirmou o novo recurso em entrevista na manhã desta segunda-feira (2) à Revista Fórum. Os advogados deverão definir nas próximas horas em qual instância será encaminhado o pedido.
"Vamos recorrer porque a juíza de execução penal não se manifesta. Nós já solicitamos entrevistas e as gravações para a pré-campanha. É muito ruim essa situação (de silêncio da juíza)", disse a senadora. "Os advogados estão estudando se o recurso será na Justiça Federal ou no Tribunal Superior Eleitoral (TSE)", completou.
Gleisi espera que a interpretação do STF sobre as delações premiadas passe a vigorar em todos os casos, inclusive no recurso que a defesa de Lula aguarda julgamento no Supremo Tribunal Federal. Ela foi absolvida dos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva porque não havia provas das acusações.
"O recado do STF foi muito duro para as delações premiadas. O STF reafirmou o óbvio, o que já está em lei. Não é possível condenar alguém sem provas. Não é possível se condenar alguém com base no testemunho. A delação serve para que a investigação vá atrás de novos elementos, mas ela em si não é um elemento", disse a senadora.
Lula é candidatíssimo
A senadora reafirmou a candidatura de Lula como a única do partido, sem qualquer margem para um plano B. "O povo está firme na candidatura. Mesmo com a prisão, Lula continua apresentando 30,32% das intenções de voto. O povo está dando o recado. Lula é candidatíssimo e será presidente".
Gleisi comentou a nomeação de Haddad como mais um integrante da defesa do ex-presidente. A senadora afirmou que é fundamental ter próximo o coordenador da campanha de Lula para o terceiro mandato residencial. "Eu estive na quinta-feira com o Haddad. O presidente precisa ver o Haddad. Nós precisamos fechar o plano de governo. O Haddad é o coordenador do plano de governo Nós precisamos fechar o plano de governo até o início de agosto. Portanto, ele tem uma necessidade de estar mais presente com o presidente para fazer essas discussões e só nas visitas de quinta-feira isso seria possível".