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[caption id="attachment_135903" align="alignnone" width="1024"] Foto: Joka Madruga/Agência PT[/caption]
Depois de visitar Lula, na tarde desta segunda-feira (2), onde ele está preso há 86 dias em Curitiba, pai de santo Antônio Caetano de Paula Junior comparou a resistência dos povos representados nas religiões da matriz africana à do ex-presidente. “Hoje a população de meus ancestrais, os pretos velhos, os indígenas, os caboclos, têm voz no (ex) presidente”, destacou. As informações são da RBA.
“A umbanda e o candomblé representam a resistência. Essas religiões resistiram ao tempo e à violência. Essa busca tem a ver com a resistência do presidente. Durante cerca de 400 anos tentaram calar as vozes dos negros, dos mais pobres, tentaram calar a voz dos indígenas, que eram milhões e hoje são milhares, e a umbanda e religiões de matriz africana herdam a resistência do nosso país e das nossas mães”, ressaltou.
Ele criticou, ainda, os ideais que norteiam a “extrema-direita e a direita” no Brasil e relembrou episódios de ataques a centros religiosos de origem africana como característicos desse pensamento. “(Para eles) algumas pessoas são melhores do que outras e algumas religiões são melhores do que as outras.”
Paula Junior citou iniciativas dos governos petistas como exemplos de inclusão das populações perseguidas no país, como a exigência legal para que as escolas ensinem sobre a herança dos negros e indígenas e políticas de reafirmação de gênero e raciais. Essas políticas, disse, “trazem o respeito e resgate dos que foram massacrados”. Segundo o pai de santo, Lula “carrega o DNA dessas almas”.
O religioso ficou por cerca de uma hora com Lula. Ele definiu o encontro como uma “visita espiritual”. Disse que uma entidade enviou uma mensagem a Lula expressando desejo de que “Xangô possa levar a palavra da Justiça a ele (Lula”. Xangô é deus da Justiça, lembrou.
De acordo com Paula Junior, apesar das dificuldades, Lula é “uma pessoa que vai resistir como resistiram os brasileiros desde o início dos tempos: nossa vida será de resistência, mas de vitória do amor contra o ódio e o preconceito”, afirmou.