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[caption id="attachment_136873" align="alignnone" width="696"] Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula[/caption]
A juíza federal Carolina Lebbos voltou a indeferir um pedido para que Lula possa receber a imprensa na sede da Polícia Federal, em Curitiba. O pedido, dessa vez, foi do fotógrafo Ricardo Stuckert, que acompanha o ex-presidente há 16 anos, segundo reportagem de Nathan Lopes, do UOL. Lebbos ainda afirmou que entrevistas que outros presidiários concederam a veículos de comunicação não são um precedente para dar a autorização.
“Registre-se ainda que o fato de terem sido eventualmente realizadas entrevistas com outros presos em regime fechado de modo algum poderia significar autorização genérica ou precedente vinculativo”, escreveu ela, no despacho. Stuckert solicitou sua entrada na PF com equipamentos de gravação para fazer vídeos e fotos do ex-presidente.
Luiz Fernando Casagrande Pereira, advogado que apresentou a petição em nome do fotógrafo, destacou que o objetivo da gravação “não diz respeito à prática de atos de campanha”, mas ao “interesse público coletivo em ter conhecimento da situação do ex-presidente dentro do encarceramento”.
Casagrande Pereira relembrou à juíza seis casos de presidiários que concederam entrevistas à imprensa. Entres eles, os traficantes Marcinho VP e Nem da Rocinha, o ex-senador Luiz Estevão e, “citando um caso ainda mais midiático”, como descreveu o advogado, Suzane Von Richthofen.
“O direito que pleiteia o recorrente [Stuckert] não é um privilégio ou mesmo algo inédito no Direito ou no jornalismo brasileiro (como parece crer a juíza a quo)”, disse Casagrande Pereira. “Inúmeras entrevistas já foram concedidas dentro de unidades prisionais no Brasil, dentro do notório interesse público resguardado pela liberdade de imprensa em cada caso”. Nem assim ela permitiu a visita de Stuckert.