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O ex-presidente Lula recebeu, na tarde desta terça-feira (17), uma visita suprapartidária de cinco senadores da Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ), que tinha como intuito avaliar as condições da carceragem em que o petista está preso.
Na comitiva, estavam os senadores Roberto Requião (MDB), Armando Monteiro (PTB), Jorge Viana (PT), Renan Calheiros (MDB) e Edison Lobão (MDB).
Na porta da PF, ao terminarem a visita, os senadores fizeram um pronunciamento. De acordo com Requião, Lula "está atlético, em forma" e "pronto para disputar as eleições de outubro”. "Encontramos o presidente Lula com uma vontade inquebrantável, acreditando na sua inocência e esperando que suas apelações sejam julgadas com sua consequente liberação", afirmou o emedebista.
Já o senador Renan Calheiros afirmou que a visita teve como objetivo exigir que o processo siga o rito da constitucionalidade. "Ele foi condenado sem provas, por convicção e teve uma antecipação com a execução da pena. Isso conflita com a Constituição e, fundamentalmente, com a democracia", disse. Para o ex-presidente do Senado, Lula é um preso político.
"O presidente Lula é, mais do que nunca, um preso político e seu crescimento nas pesquisas é a certeza do povo brasileiro de que isso está acontecendo".
O petista Jorge Viana, por sua vez, reforçou que o ex-presidente não busca tratamento especial da Justiça, mas sim o direito a um julgamento isento. "Ele clama por Justiça. Não quer nenhum tipo de concessão. Quer um julgamento justo, em respeito ao povo brasileiro que confia nele".
Edison Lobão, ex-ministro de Minas e Energias, foi pela mesma linha de Viana: "Eu o percebi com espírito elevado. Não se abate com as dificuldades. Preferiu ele mesmo ficar aqui na carceragem da Polícia Federal do que ceder em sua dignidade (...) O presidente Lula quer que provem que ele é culpado, até que isso aconteça ele é inocente", disse Lobão.
Assista ao depoimento dos senadores.