"As pessoas ficaram frustradas com o Doria", diz Márcio França no Roda Viva

Pré-candidato ao governo do Estado pelo PSB criticou o fato de Doria ter abandonado a prefeitura para se candidatar à presidência após ter prometido ficar os quatro anos, mas ainda teceu um elogio: "Ele acorda cedo"

Reprodução/TV Cultura
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O atual governador de São Paulo, Márcio França (PSB), teceu críticas ao prefeito João Doria (PSDB) em entrevista a jornalistas da bancada do programa Roda Viva, da TV Cultura, na noite desta segunda-feira (16). De acordo com França, que é pré-candidato ao governo do estado, "as pessoas ficaram frustradas com o Doria". "Não tenho nada contra ele, a não ser um fato: de que ele prometeu ficar quatro anos e ficou um. Isso é chato. É uma frustração. As pessoas todas ficaram frustradas", disse. Ex-vice de Geraldo Alckmin, que é do mesmo partido de Doria, França, no entanto, ponderou tecendo um elogio ao ex-prefeito: "Ele acorda cedo". Em outro momento da entrevista, o pré-candidato se enrolou para responder a uma pergunta sobre as alianças que serão firmadas pelo seu partido. A nível nacional, o PSB mantém conversações com o PT de Lula e com o PDT de Ciro. Como era vice de Alckmin, no entanto, França declarou que votará no tucano, independente do posicionamento de sua legenda. Pelo Twitter, a pré-candidata ao governo de São Paulo pelo PSOL, Lisete Arelaro, comentou: "Márcio França, o governador postiço, quer se colocar como o 'garoto de Alckmin' na disputa à reeleição, mesmo com os tucanos apoiando outro candidato. Isso só mostra como todos eles representam o mesmo projeto: o do trensalão, do escândalo das merendas". Ainda sobre Alckmin, França deu a entender que acredita que é o fator Aécio Neves o motivo pelo qual a candidatura do tucano à presidência não tenha, até agora, decolado. "O Alckmin tem a dificuldade hoje que tem o PSDB. O eleitor pensa: ou é PT, ou é o que não é PT. E para as pessoas, PSDB é o Aécio", afirmou, lembrando que o ex-governador de Minas Gerais "frustrou" a população. Sobre Lula, França disse que acredita que o ex-presidente não será candidato. Sem emitir opinião sobre a condenação do petista, o atual governador de São Paulo se limitou a dizer: "Tenho pena do país que tem seus líderes presos. Mas ele está pagando o preço pelos atos errados que tenha cometido".