Raul Jungmann, como ministro da Segurança Pública é o superior hierárquico da Polícia Federal. E, de acordo com informações do Valor Econômico, ele foi diretamente orientado a não autorizar a libertação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo desembargador Thompson Flores, presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).
Por esta razão, os agentes da PF que estavam de plantão quando foi expedido o primeiro habeas corpus, não soltaram Lula. Desde então, e durante toda a disputa judicial que se desenrolou ao longo do domingo, Jungmann já tinha a orientação de manter o ex-presidente na carceragem.
Conforme o texto do Valor, o ministro foi muito pressionado por lideranças petistas, que cobravam a libertação de Lula e acusavam a PF de descumprir a ordem de soltura, assinada pelo desembargador Rogério Favreto, do TRF-4. A deputada Maria do Rosário (PT-RS) chegou a divulgar uma mensagem encaminhada a Jungmann por um aplicativo de mensagens. Ela nega a informação.
Jungmann teria dado a ela a resposta ambígua de que ordem judicial é para ser cumprida. Se referia, no entanto, ao posicionamento do presidente do TRF-4 e não ao desembargador de plantão. Jungmann manteve contato com a direção da PF em Brasília, que repassou as ordens a Curitiba. De acordo com o ministro, os policiais agiram de acordo com a lei.