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A pré-candidata à presidência pelo PCdoB, Manuela D’Ávilla, foi interrompida 62 vezes durante a sua participação no programam Roda Viva, da TV Cultura, na última segunda-feira (25). Um vídeo realizado pela Secretaria das Mulheres do PT, partido que curiosamente não é o de Manuela, fez uma montagem onde aparecem todas as interrupções.
O fenômeno, que correu a internet e indignou a todos, já bem conhecido, conforme explica Adriana de Lorenzo, em matéria aqui nesta Fórum: “A prática de homens interromperem mulheres quando elas estão falando é comum, e tem até um nome: manterrupting. O termo vem do inglês, é uma junção de man (homem) e interrupting (interrupção)”, disse. Um artigo de Barbara Thomaz, publicado nesta terça-feira (26), na revista Marie Claire, foi buscar a origem do termo. De acordo com a revista, “o termo manterrupting” apareceu pela primeira vez no artigo Speaking while Female (falando enquanto mulher), em 2015, no The New York Times, escrito por Sheryl Sandberg e Adam Grant. Na análise dos autores, é citado um estudo feito por psicólogos de Yale que demonstrou como senadoras americanas se pronunciavam consideravelmente menos que seus colegas masculinos, inclusive os de posições inferiores”, escreveu a revista. Womanterrupting O mais curioso é que Manuela não foi desrespeitada apenas pelas mulheres. A jornalista Vera Magalhães, do Estado de São Paulo e da rádio Jovem Pan, também a desrespeitou e interrompeu diversas vezes, conforme pode ser visto no vídeo. A maneira como Manuela foi tratada no programa indignou a internet. Várias opiniões e tuítes tem bombado nas redes desde a apresentação do programa. Veja aqui.Obrigada pelo vídeo <3 pic.twitter.com/uGAvfYkrK9
— Manuela (@ManuelaDavila) 27 de junho de 2018