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[caption id="attachment_134805" align="alignnone" width="1024"] Fotos: Eduardo Matysiak/Agência PT[/caption]
Juan Gabrois, consultor do Conselho de Justiça e Paz do Vaticano e coordenador do Encontro Mundial de Movimentos Sociais e Diálogo com o Papa Francisco, esteve na tarde desta segunda-feira (11), na sede da superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, mas foi impedido de visitar Lula.
“Vim aqui com muita esperança, para trazer uma mensagem ao ex-presidente Lula e, lamentavelmente, de uma maneira inexplicável, fui informado por funcionários da superintendência da Polícia Federal que eu não poderia visitá-lo. Devo dizer que estou muito preocupado com essa situação, pois considero que estamos frente a um claro caso de perseguição política, onde há a deterioração da democracia nesse lindo país que é o Brasil”, declarou Gabrois.
Segundo o emissário do Vaticano, o que mais o surpreendeu foi o argumento usado para não permitir o encontro: “Falaram que não se tratava de um encontro religioso. Mas, de acordo com a doutrina católica, todos os batizados têm uma missão, o que invalida esse argumento. Trouxe um rosário enviado pelo Papa Francisco e sua palavra. Além disso, vim disposto a debater questões espirituais com o ex-presidente Lula. Esta inexplicável negativa é parte, também, de um processo de degradação institucional, que acontece não só no Brasil, mas em diversos países da América Latina”.
Gabrois disse que saía triste, “pois vim de muito longe para dialogar com uma pessoa querida por grande parte do povo latino-americano. Saio com esse sentimento de que algo mais está se passando, pois minha visita foi impedida por razões de natureza política. Já visitei presos em situações similares em vários países e nunca encontrei uma negativa dessa natureza. Saio triste, mas com esperança de que a justiça prevaleça”, completou.