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[caption id="attachment_132674" align="alignnone" width="800"] Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil[/caption]
Antônio Claudio Albernaz Cordeiro, conhecido como Tonico, foi alvo da Operação Câmbio, Desligo, na manhã desta quinta-feira (3), em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Ele já havia sido detido pela Operação Xepa, braço da Lava Jato, mas teve de ser solto após o período de prisão temporária. De acordo com reportagem de Fausto Macedo, do UOL, Albernaz está sendo acusado de ter recebido R$ 1 milhão para o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, sob o codinome “Angorá”, segundo delação de Cláudio Melo Filho. Ele menciona, ainda, que a Odebrecht teria efetuado o repasse de outra parte do valor acordado por intermédio da entrega no escritório do advogado José Yunes, amigo de Michel Temer.
“No caso em concreto o codinome utilizado pelo setor de operações estruturadas para definir Eliseu Padilha nesta operação financeira foi “Angorá”. A título de informação, que reforça a relação de representação entre Eliseu Padilha e Moreira Franco, este último tem o apelido de Gato Angorá”, afirma o delator.
O ministro Padilha negou qualquer relação com o fato: “Não fui candidato em 2014. Nunca tratei de arrecadação para deputados ou para quem quer que seja. A acusação é uma mentira! Tenho certeza que no final isto restará comprovado”, explicou.
A delação dos doleiros Vinícius Vieira Barreto Claret, conhecido como Juca Bala, e Cláudio Fernando Barbosa, o Tony, resultou na operação. Os dois atuavam em esquema que envolvia o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (MDB) e revelaram a existência de um sistema chamado Bank Drop, composto por 3 mil offshores em 52 países, e que movimentava US$ 1,6 bilhão. O principal alvo é Dario Messer, o chamado “doleiro dos doleiros”.