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A Polícia federal está nas ruas nesta quinta-feira (3) para cumprir 45 mandados de prisões contra doleiros envolvidos em um esquema de lavagem de dinheiro que atinge a cifra de US$ 1,652 bilhão.
O chefe do esquema é o doleiro Dario Messer, conhecido como "o doleiro dos doleiros" no Brasil. Os mandados são cumpridos nos estados de Rio, São Paulo, Distrito Federal, Minas Gerais e Rio Grande do Sul e nos países Uruguai e Paraguai, onde acreditam estar Messer, por possuir dupla cidadania.
As prisões acontecem após a delação dos doleiros Vinicius Claret e Cláudio Barbosa, apontados como os maiores doleiros do país. Claret e Barbosa detalharam em delação premiada como funcionava um sistema que reunia doleiros de todo o país que movimentou cerca de US$ 1,6 bilhão (o equivalente a cerca de R$ 5,292 bilhões) envolvendo mais de 3.000 offshores em 52 países.
A operação, batizada de "Câmbio, Desligo", é realizada em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF) e conta com o apoio das autoridades uruguaias. São 43 pedidos de prisão preventiva e dois de prisão temporária. No Rio, policiais federais cumprem mandados em endereços no Leblon e em Ipanema, na Zona Sul.
Dario Messer é ligado a escândalos nacionais desde o caso do Banestado. Filho de pai doleiro, Messer tem amigos que vão do presidente do Paraguai a Lucio Funaro e Ronaldo Fenômeno.
A Lava-Jato desbaratou o esquema a partir das delações dos operadores do esquema do ex-governador Sergio Cabral, Vinicius Claret, o "Juca Bala", e Cláudio Fernando Barbosa, o "Tony". Os dois formam um grupo de quatro gerentes liderados por Dario Messer para lavar o dinheiro. Os doleiros atuam no mercado paralelo de câmbio.
Com informações do Globo e da Folha