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Alvo de um inquérito por corrupção passiva, o ex-deputado federal e ex-assessor especial do presidente Michel Temer, Rodrigo Rocha Loures (MDB-PR) se pronunciou pela primeira vez depois do episódio em que foi flagrado correndo com uma mala que continha R$500 mil. De acordo com a procuradoria-geral da República, Loures, o homem da mala, transportava R$500 mil que teria como destinatário final Michel Temer, e o dinheiro seria oriundo de propina Ricardo Saud, executivo da JBS.
À Justiça, nesta quarta-feira (25), Rocha Loures afirmou que não sabia qual era o conteúdo da mala. No dia seguinte em que foi flagrado com a quantia, em maio do ano passado, no entanto, o ex-deputado devolveu apenas uma parte do dinheiro, R$465 mil. Logo depois, quando a Polícia Federal constatou que estava faltando dinheiro, resolveu devolver o restante.
Ele chegou a ser preso mas foi solto pouco tempo depois. Agora, a defesa de Loures pede sua absolvição.
"Ora, a própria denúncia afasta a participação do denunciado Rodrigo na possível prática do crime de corrupção, afirmando a inexistência de seu conhecimento do ilícito. A inépcia, portanto, é mais que evidente, ora como alguém pode concorrer para um crime sem saber que de crime se trata? Como pode concorrer para o crime de corrupção passiva por ter recebido dinheiro se, como afirma a denúncia, ele nem sabia que de dinheiro se tratava, e muito menos que era para ele, como diz a própria denúncia?", afirmam os advogados do ex-assessor de Temer.