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O advogado Cristiano Zanin Martins, que defende o ex-presidente Lula, informou que a defesa vai recorrer da decisão proferida nesta quarta-feira (7) pelo Tribunal Regional Federal da 4ª. Região (TRF4) no julgamento de uma Correição Parcial que visa incluir "dispositivos eletrônicos" da Odebrecht que comprovariam o pagamento de propina.
O juiz Sérgio Moro havia autorizado a inclusão de dados complementares sobre o sistema Drousys, encaminhados por autoridades suíças, em uma perícia que já estava sendo feita pela Polícia Federal. A perícia, no entanto, não conseguiu comprovar nada que incrimine o ex-presidente Lula.
"Estes 'dispositivos eletrônicos' também foram examinados pela Polícia Federal no laudo entregue no último dia 23/02, que desmontou a acusação do Ministério Público Federal contra Lula ao deixar de identificar qualquer elemento que possa vincular o ex-presidente a valores provenientes de contratos firmados pela Petrobras, ao sistema de contabilidade paralela da Odebrecht ou, ainda, aos imóveis indicados na denúncia", diz, em nota, a defesa do petista.
O advogado Cristiano Zanin ressaltou que, "no mesmo laudo, os peritos também constataram que o material encaminhado pela Suíça contém os mesmos elementos presentes em outros dispositivos analisados e em relação aos quais houve a constatação de 'destruição deliberada de dados' (p. 301), além de manipulação de conteúdo".
Confira, abaixo, a íntegra da nota da defesa.
Recorreremos da decisão proferida hoje (07/03) pelo Tribunal Regional Federal da 4ª. Região (TRF4) no julgamento da Correição Parcial nº 50716793020174040000. O TRF4 confirmou a decisão do juiz Sérgio Moro que ampliou prova pericial sobre os sistemas da Odebrecht para incluir “dispositivos eletrônicos” provenientes da Suíça desconhecidos pela defesa e que foram apresentados após término da fase de coleta de provas do processo.
Além disso, estes “dispositivos eletrônicos” também foram examinados pela Polícia Federal no laudo entregue no último dia 23/02, que desmontou a acusação do Ministério Público Federal contra Lula ao deixar de identificar qualquer elemento que possa vincular o ex-presidente a valores provenientes de contratos firmados pela Petrobras, ao sistema de contabilidade paralela da Odebrecht ou, ainda, aos imóveis indicados na denúncia.
No mesmo laudo, os peritos também constataram que o material encaminhado pela Suíça contém os mesmos elementos presentes em outros dispositivos analisados e em relação aos quais houve a constatação de “destruição deliberada de dados” (p. 301), além de manipulação de conteúdo.
A defesa do ex-presidente Lula está com prazo em curso para analisar o laudo da Polícia Federal. Os peritos da defesa poderão acrescentar outros elementos para reforçar que o material analisado, além de não comprovar qualquer acusação contra Lula, não é idôneo”.
CRISTIANO ZANIN MARTINS