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A Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira (29), em São Paulo, o advogado José Yunes, amigo e ex-assessor do presidente Michel Temer e, em Monte Alegre do Sul (SP), o empresário Antonio Celso Greco, dono da empresa Rodrimar, que opera no porto de Santos. As informações são de Andreia Sadi, no G1.
A Fórum foi o primeiro veículo a noticiar com provas o esquema Yunes. Em fevereiro de 2017, o Blog do Rovai publicou uma série de matérias que revelavam a intrincada teia de empresas suspeitas de Yunes que ficou conhecido como Tabapuã Papers e também a ligação de Temer com Yunes.
A detenção foi autorizada pelo ministro Luis Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal), relator do inquérito que investiga Temer por suposto recebimento de propina em troca de benefícios a empresas do setor portuário via decreto.
Neste momento, de acordo com informações da Rede Globo, também está sendo efetuada a prisão do Coronel João Baptista Lima Filho, conhecido como Coronel Lima, também amigo de Temer e apontado na delação da J&F como intermediário de propina para o presidente.
As prisões são parte da Operação Skala, deflagrada nesta quinta pela PF em São Paulo e no Rio de Janeiro.
A informação sobre a prisão foi confirmada ao blog pela defesa de Yunes. Segundo o advogado José Luis de Oliveira Lima, trata-se de uma prisão temporária de cinco dias.
"É inaceitável a prisão de um advogado com mais de 50 anos de advocacia, que sempre que intimado ou mesmo espontaneamente compareceu a todos os atos para colaborar. Essa prisão ilegal é uma violência contra José Yunes e contra a cidadania", afirmou Oliveira Lima.
INVESTIGAÇÃO
Yunes é citado em inquérito sobre o decreto dos portos que investiga Temer, o ex-deputado e ex-assessor presidencial Rodrigo Rocha Loures (MDB-PR) e um sócio e um diretor da empresa Rodrimar, que atua no porto de Santos (SP).
Também é mencionado o coronel João Baptista Lima Filho, aposentado da Polícia Militar de São Paulo e próximo do presidente desde os anos 1980.
A investigação apura se Temer praticou os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Editado em maio do ano passado, o decreto suspeito ampliou de 25 para 35 anos os prazos dos contratos de concessão e arrendamento de empresas que atuam em portos e permitiu que eles possam ser prorrogados até o limite de 70 anos.
Com informações do G1 e da Folha