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[caption id="attachment_127745" align="alignnone" width="627"] O grupo de ONGs e entidades internacionais pediu investigações independentes em relação à morte da socióloga e vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ). - Reprodução/Facebook[/caption]
Durante uma intervenção no Conselho de Direitos Humanos da ONU, nesta terça-feira (20/03), o bloco composto por mais de 100 ONGs e entidades internacionais denunciou o Estado brasileiro e pediu investigações independentes em relação à morte da socióloga e vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ). No discurso, eles alertaram para o fato de que “muitos que falam a verdade ao poder no Brasil enfrentam violência e estigmatização sem precedentes, já que o país está no topo das mortes dos defensores”.
Segundo informações da Época, a manifestação aconteceu no mesmo dia em que deputados europeus cobraram respostas do governo brasileiro e que a ONU criticou, pela segunda vez em uma semana, a situação de ativistas no país. Em Genebra, a lista das entidades que apoiam a declaração na ONU inclui Conectas, Organização Mundial contra a Tortura, “Front Line Defenders”, “Friends of the Earth”, Conselho Indígena Missionário, além de entidades africanas e latino-americanas. “Solicitamos ao governo brasileiro assegurar uma investigação imediata, imparcial e independente, processando os responsáveis materiais e intelectuais deste crime, com a competência e a abertura para a possibilidade de o assassinato ter sido uma execução extrajudicial”, declarou o grupo.
“Também pedimos para as autoridades dar proteção efetiva aos sobreviventes desse ataque, como testemunhas-chave desta atrocidade”, diz a solicitação. Segundo o grupo, o ataque ocorreu “no contexto de uma intervenção federal altamente militarizada no Estado do Rio, decretada pelo presidente, contrária à vontade das comunidades locais”. “De fato, as preocupações sobre a intervenção foram destacadas pelo Alto Comissário de Direitos Humanos em sua declaração durante esta sessão”, acrescenta. “Marielle foi nomeada relatora de um comitê parlamentar para supervisionar os abusos da ação militar no Rio. O programa de proteção dos defensores permanece subfinanciado e insuficiente”, completa.