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O vereador de São Paulo Mario Covas Neto anunciou oficialmente nesta quinta-feira, 1º, sua saída do PSDB após 29 anos de filiação. Filho do ex-governador Mario Covas, ele alegou que o partido "deixou suas origens" e apontou dificuldades com o prefeito da capital paulista, João Doria, como razões para sua decisão.
Nos últimos dias, uma candidatura a vice-governador na chapa de Márcio França (PSB) também começou a ser aventada. "Pretendo tomar a decisão de ir ou não para algum partido até final de março, começo de abril", anunciou. Ele tem até o dia 7 de abril para se filiar a alguma legenda se quiser ser candidato.
O anúncio foi feito foi feito na chamada Casa Mario Covas, no Alto de Pinheiros, local que abrigou comitê eleitoral durante suas campanhas. Agora, Mario Covas Neto afirmou que conversa com outros partidos e está de olho nas eleições deste ano. O Broadcast Político apurou que o vereador tem conversas avançadas com o Podemos e pretende se lançar ao Senado ou à Câmara dos Deputados.
Em conversa com jornalistas, o vereador disse que nove partidos o procuraram para negociação. Covas Neto confirmou que pretende apoiar França para o governo do Estado e criticou a possibilidade de João Doria sair da Prefeitura para ser candidato à sucessão de Geraldo Alckmin. "Acho que ele desconstrói a imagem que fez na campanha de alguém que era um gestor e não político. Ao sair candidato, ele se torna carreirista e típico de um político", disse Covas.
Como razões de sua desfiliação, o vereador apontou como a "gota d'água" a decisão do PSDB em tirá-lo da presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Municipal e ter ouvido de tucanos que ele seria um "vereador crítico" da administração municipal. Covas alegou que nunca promoveu oposição a Doria no Legislativo, mas que desde o começo do mandato avisou que não diria "amém" para todas as decisões do prefeito.