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Um rapaz foi eletrocutado ao encostar em um poste onde foram instaladas duas câmeras. A prefeitura afirmou que as empresas não tinham autorização para instalar as câmeras
Da Redação*
O advogado da Dream Factory, Marcelo Rocha Leal, afirmou nesta quinta (8) que a empresa tinha autorização da gestão João Doria (PSDB) para instalar câmeras de monitoramento para o Carnaval.
É a primeira vez que a empresa organizadora do Carnaval diz que tinha licença da prefeitura após a morte do universitário Lucas Antônio Lacerda da Silva, 22, no domingo (3), eletrocutado ao encostar em um poste onde foram instaladas duas câmeras na rua da Consolação (região central), durante a passagem de um bloco de Carnaval.
Até então, apenas a empresa GWA Systems, terceirizada da Dream Factory para instalar as câmeras, havia afirmado que tinha licença.
"Se não tivesse autorizado, as câmeras não teriam sido instaladas", afirmou Leal. É evidente que todos os serviços foram autorizados.
A declaração foi dada nesta quinta, no 4º DP (Consolação), onde o diretor-geral da Dream Factory, Duda Magalhães, prestou depoimento. Magalhães não falou com a imprensa. O teor de seu depoimento não foi divulgado pela sua defesa nem pela polícia, que colocou em sigilo o inquérito que apura o caso.
Multa
A gestão João Doria divulgou também nesta quinta que multou a Dream Factory em R$ 15.800 pela instalação irregular no caso. "Não estamos sabendo de nada, não fomos comunicados", afirmou Leal.
O prefeito Doria afirmou que a empresa fez um gato no local, roubando a energia de um poste da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).
A prefeitura já tinha afirmado no início da semana que as empresas não tinham autorização da CET para instalar as câmeras no poste nem da Ilume para esticar um fio de um outro poste para ligar esses equipamentos.
Segundo a Secretaria de Prefeituras Regionais, as empresas só entregaram na noite de terça (6) a lista com os locais onde os equipamentos foram instalados.
*Com informações da Folha
Foto: Lucas Antônio Lacerda da Silva/Facebook