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O técnico da seleção brasileira, Tite, disse em entrevista ao estadão publicada nesta sexta-feira (16) que não vai à Brasília, nem ganhando e nem perdendo a copa.
“Eu, Adenor, não vou na ida nem na volta. Nem ganhando, nem perdendo”.
Perguntado se tem medo de ser usado politicamente, Tite respondeu que não. “Não, não. Já aconteceu até comigo, de não ser autorizado, ser filmado e daqui a pouco estar aparecendo a minha imagem num processo seletivo de apoio. Tenho esses cuidados. Até porque é muito mais importante politicamente nós termos um bom comando, porque isso vai gerar uma educação melhor pro País, saúde melhor, segurança maior. Entre a política limpa e o esporte, a prioridade é a política, para a gente ter um Brasil melhor. Se tiver, vai ter um esporte, um futebol melhor.
Tite disse ainda que não vai apoiar publicamente nenhum candidato, mas sim entre os amigos e parentes. “As pessoas próximas a mim, vão saber as pessoas que eu gosto. Mas essa eu já externo: eu não sei às vezes escolher qual que é o melhor, mas eu posso ver quem tem ficha suja. E esses de ficha suja, pra mim, estão todos fora.
O técnico explicou ainda a razão de ter marcado um amistoso com a Alemanha, em março, o último jogo antes da convocação final: “Fantasminha aqui na frente. Se tiver de enfrentar na Copa, não vou ter de responder tantas e tantas vezes algo como ‘a Alemanha veio aqui, venceu e foi campeã’ e tudo mais. Vamos jogar de novo, com eles. Passamos a nova etapa, mas ainda não pegamos a Alemanha...”, disse.