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[caption id="attachment_125574" align="aligncenter" width="780"] Roberto Medina e João Doria: promessa de mais parcerias durante a realização do Rock in Rio Foto: Reprodução/Twitter[/caption]
Auditores do Tribunal de Contas do Município de São Paulo (TCM) encontraram pelo menos três irregularidades no contrato que a gestão do prefeito João Doria (PSDB) assinou com a empresa Dream Factory. Conforme divulgou a Folha de S.Paulo, foi apontada a falta de estudos para definir a quantidade de itens listados no edital.
E que a lista de produtos e serviços apontados como necessários para o Carnaval de rua deste ano foi alterada em relação ao ano passado sem explicações técnicas. Não há, segundo o jornal, qualquer documento nos autos que comprove a realização de estudos ou reestudos que justifiquem as alterações.
O edital prevê a contratação de 68 itens, entre os quais 600 diárias de ambulâncias, cerca de 21 mil banheiros químicos e1.445 diárias de bombeiros civis.
Foi apontada ainda pelo TCM a falta de visibilidade ao processo licitatório, já que o edital não foi divulgado na plataforma e-negócios, onde são publicados editais – o que limitou a participação. Ao jornal, a prefeitura disse que a contratação seguiu todas as normas que regem a administração pública.
O Ministério Público do Estado de São Paulo instaurou inquérito para investigar possível favorecimento. A promotoria pediu à Justiça a condenação do vice-prefeito Bruno Covas (PSDB) e do secretário de Governo Julio Semeghini por improbidade administrativa. Covas teria orientado a empresa sobre alterações na proposta para vencer a licitação.
Única empresa considerada apta para participar da concorrência divulgada no ano passado, a Dream Factory pertence à família do empresário do entretenimento Roberto Medina (foto). Entre outros negócios do clã estão o Rock in Rio, considerado o maior festival de música do planeta, realizado em diversas cidades.
Em setembro, João Doria esteve no festival. Com pompa e circunstância, foi recebido como rock star, segundo a imprensa. E nas diversas entrevistas que concedeu, como à revista “Quem”, da Editora Globo, adiantou que faria parcerias com Medina.
A Dream Factory quarteirizou o serviço para a GWA Systems, que instalou 200 câmeras de segurança nos postes espalhados pela cidade. Ao encostar em um deles, no domingo passado (4), o estudante de Engenharia Biomédica Lucas Antônio Lacerda da Silva, de 22 anos, morreu eletrocutado.
Com informações da Rede Brasil Atual