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Donos de um dos mais altos salários da República - R$ 32.075 -, 26 ministros de tribunais superiores recebem dos cofres públicos auxílio-moradia para viver em Brasília, apesar de terem imóveis próprios na cidade; cada um deles tem o contracheque engordado todo mês em R$ 4.378.
Da Redação*
Mesmo tendo imóvel próprio no Distrito Federal, 26 ministros de tribunais superiores recebem dos cofres públicos auxílio-moradia para viver em Brasília. Donos de um dos mais altos salários da República - R$ 32.075 -, cada um deles tem o contracheque engordado todo mês em R$ 4.378 de contribuição para morar, sendo que alguns têm em seus nomes mais de uma casa em pontos nobres de Brasília. As informações são de Ranier Bragon e Caila Mattoso, da Folha de S.Paulo.
A presidente do STJ, Laurita Vaz, e o vice, Humberto Martins (foto), estão entre os que recebem o auxílio-moradia e, ao mesmo tempo, são donos de imóvel próprio em Brasília. Humberto Martins deu parecer favorável a posse de Cristiane Brasil no Ministério do Trabalho e negou habeas corpus em favor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Pesquisa feita pelo jornal em cartórios da capital federal e nas folhas salariais dos tribunais mostra que o privilégio está concentrado em três dos cinco tribunais que formam a cúpula da Justiça: STJ (Superior Tribunal de Justiça), TST (Tribunal Superior do Trabalho) e STM (Superior Tribunal Militar).
Os 26 ministros que recebem o benefício mesmo com imóvel próprio representam pouco mais de um terço da composição dessas três cortes e 72% dos 36 que solicitaram o recebimento de auxílio-moradia. Nenhum ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) e do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) pede o benefício (o TSE é formado, em parte, por ministros do STF e do STJ).
*Com informações da Folha de S.Paulo e do Brasil 247
Foto: Sérgio Amaral/STJ