Diplomação de Bolsonaro acontece no dia em que Declaração dos Direitos Humanos completa 70 anos

Presidente eleito sempre foi crítico da política de Direitos Humanos. Para deputada Maria do Rosário (PT/RS) escolha da data é escárnio.

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Marcada para o dia 10 de dezembro, a diplomação do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), e de seu vice, General Hamiltom Mourão (PRTB), acontece no mesmo dia em que a Declaração Universal dos Direitos Humanos completa 70 anos, data também em que se comemora o Dia Internacional dos Direitos Humanos. Instituída no dia 10 de dezembro de 1948 pela Organização das Nações Unidas (ONU), a declaração reconhece que "a dignidade é inerente à pessoa humana e é o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo". Além disso, declara que os direitos humanos são universais independentemente de cor, raça, credo, orientação política, sexual ou religiosa. Em seu artigo 5º, a Declaração afirma que "Ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante". Bolsonaro, que tem como ídolo o coronel Calos Alberto Brilhante Ustra, que coordenava torturas a militantes políticos durante a Ditadura Militar, sempre foi um crítico dos Direitos Humanos. O capitão da reserva se elegeu com um discurso contra os Direitos Humanos, dizendo que organizações que atuam na defesa desses direitos serão boicotados durante seu governo. Pelo Twitter, a deputada Maria do Rosário (PT/RS), afirmou que é um "escárnio" fazer a diplomação de Bolsonaro e Mourão nesse dia. "Vão diplomar o defensor da tortura no Dia Mundial dos Direitos Humanos? A Declaração Universal completa 70 anos. Um escárnio fazer essa solenidade nesse dia. Pois é TSE, vocês têm certeza que querem ouvir discurso contra direitos humanos nessa data?".