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O governador eleito, João Doria (PSDB), estuda extinguir ou fundir a outra a empresa Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa). A estatal, que foi criada em 1969 para a construção da Rodovia dos Imigrantes e, desde então, já executou 16 grandes obras, como as rodovias Ayrton Senna e Bandeirantes, foi alvo de diversos escândalos que envolveram administrações tucanas.
As informações são dos jornalistas Fábio Leite e Pedro Venceslau, no Estado de S.Paulo.
O operador de várias eleições tucanas, Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, ex-diretor da Dersa teria desviado recursos da estatal para várias campanhas do partido. Paulo Preto é alvo de denúncia por desvio de R$ 7,7 milhões, entre 2009 e 2011, durante o governo de José Serra (PSDB).
Uma das propostas analisadas pela equipe de transição é incorporar a estatal que executa grandes obras viárias no Estado ao Departamento de Estradas de Rodagem (DER), que administra as estradas estaduais não privatizadas, para reduzir custos e acabar com uma marca que ficou associada a desvio de recursos públicos nos últimos anos.
A reformulação da Dersa é dada como certa por pessoas próximas a Doria. Além de ter tido prejuízo de R$ 155 milhões no ano passado, a Dersa deve ficar praticamente sem função no governo Doria, já que o tucano defende ampliar o programa de concessões rodoviárias e as Parcerias Público-Privadas (PPPs) em novas obras e prometeu privatizar o sistema de travessias litorâneas por balsas, operado pela estatal.
Hoje, a companhia que já perdeu espaço após o início das privatizações das estradas, na década de 1990, é responsável pela construção do Rodoanel Norte, da Nova Tamoios, no litoral norte, e dos projetos do Ferroanel e do túnel Santos-Guarujá, no litoral sul.