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[caption id="attachment_141698" align="alignnone" width="698"] Foto: Reprodução/Twitter[/caption]
Uma costura entre as cúpulas do PT e PSOL, visando uma composição entre os dois partidos para as eleições no Rio de Janeiro, não foi adiante por muito pouco. A ideia era que, diante do cenário atual, o PSOL passaria a apoiar Lindbergh Farias (PT) para o Senado e, em contrapartida, o PT se juntaria a Tarcísio Mota (PSOL) para o governo do estado, com o objetivo de fortalecer ambas as candidaturas.
A articulação não foi em frente, pois esbarrou na recusa de Márcia Tiburi, candidata ao governo pelo PT, que não concordou em abrir mão da disputa.
A história começou a ganhar contornos há dois dias. Os resultados das últimas pesquisas eleitorais passaram a preocupar todo o campo progressista do Rio de Janeiro.
A partir daí, teve início um diálogo no sentido de que fosse viabilizada uma espécie de parceria entre os dois partidos. A situação cresceu mais ainda, depois da divulgação do Datafolha desta quinta-feira (4).
Pelo levantamento do instituto, Lindbergh aparece correndo risco de não se reeleger ao Senado, ficando atrás de César Maia (DEM) e Eduardo Bolsonaro (PSL). E para o governo, com a saída de Anthony Garotinho, que teve sua candidatura impugnada, Eduardo Paes (DEM) e Romário (Podemos) ficaram em situação confortável.
Entretanto, se fossem somadas as intenções de voto de Tarcísio (9%) e Márcia Tiburi (5%) o número chegaria bem perto da porcentagem de Romário (16%), o que abriria possibilidade de o candidato do campo progressista brigar por uma vaga no segundo turno.
Os presidentes nacionais dos dois partidos, Gleisi Hoffmann (PT) e Juliano Medeiros (PSOL), se envolveram diretamente nas negociações. Além deles, outros membros representativos dos partidos se engajaram nas conversas, como Marcelo Freixo (PSOL) e o próprio Lindbergh.
Para bater o martelo foi marcada uma reunião para esta sexta-feira (5), no Rio de Janeiro, na qual todos os envolvidos foram convidados, inclusive Márcia Tiburi. O PT estava disposto a aceitar a união e o PSOL também, por ampla maioria.
Márcia Tiburi, segundo a fonte desta matéria, não apareceu, não justificou a ausência e não aceitou a composição entre os partidos.