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As fake news, que sempre estiveram presentes em campanhas eleitorais, vieram com mais força esse ano e se tornaram uma poderosa arma de apoiadores de Jair Bolsonaro (PSL) e de outros candidatos contra Fernando Haddad (PT), segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto.
O próprio Haddad, que até então vinha tendo uma postura passiva com relação aos ataques e se limitando a apresentar propostas, já identificou a influência das notícias falsas contra sua candidatura na última semana para a votação do primeiro turno e resolveu subir o tom. "Eu comecei a me defender. Nós mantivemos até aqui um campanha propositiva, só que agora chegou o momento de nos defendermos nessa reta final porque é grave o que está acontecendo no WhatsApp", disse o petista em entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (3).
As mensagens que circulam principalmente em grupos de Whatsapp vêm, normalmente em formato de notícias ou vídeos, com informações falsas sobre Haddad, Lula e o PT. Algumas das histórias beiram ao absurdo. Uma delas, por exemplo, informa que o ex-prefeito distribuiu em escolas públicas, para crianças, mamadeiras eróticas - isto é, mamadeiras com bicos em formato de pênis. O intuito seria combater a homofobia. Trata-se de uma notícia falsa, mas tem circulado com força nas redes sociais e há muita gente acreditando.
Entre outras notícias falsas, há uma que diz, por exemplo, que o PT pretende acabar com o 13º salário em empresas pequenas. Outra fake news. Os planos de acabar com o benefício, inclusive, foram aventados pelo vice de Jair Bolsonaro, o general Hamilton Mourão.
Com o intuito de identificar e coibir as fake news, a campanha de Haddad inaugurou um número telefônico para denúncias e, em 12 horas, o canal já recebeu 5 mil mensagens que denunciam mentiras contra a campanha do petista.
Em seu site, a campanha do PT já compilou dezenas de exemplos de notícias falsas contra o candidato com textos explicativos sobre cada uma delas. Saiba mais aqui.