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O advogado chileno José Antonio Kast, admirador de Augusto Pinochet (1915-2006), ditador responsável pela morte de mais de 40 mil pessoas, entre 1973 e 1990, de acordo com a Comissão Valech, visitou, nesta quinta-feira (19) o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL).
Kast já foi deputado e disputou as eleições presidenciais chilenas em 2017 e perdeu para Sebastián Piñera. As informações são da repórter Talita Fernandes na Folha.
"Nossa ideia era conhecer a política dele, não somente para o Brasil, mas em termos internacionais. Concordamos que todos buscamos fortalecer nossos países. Não nesse estilo da grande pátria bolivariana, como quer essa esquerda ideológica. Queremos países fortes, que sejam irmãos em relações internacionais. Importa muito para o Chile que o Brasil vá bem, porque o Chile é a janela para o Pacífico. Muito do que vocês produzem aqui vai para a Ásia e, oxalá, passa pelo Chile", disse Kast após a visita.
Segundo ele, a conversa com Bolsonaro passou pelo tema da corrupção. Isto, no exato dia em que o jornal Folha de S.Paulo publicou matéria de capa denunciando esquema de caixa dois de empresas para distribuição de mensagens por WhatsApp na campanha de Bolsonaro.
Kast elogiou Bolsonaro, que classificou como "sensato" e uma pessoa que "tem o mesmo discurso na Câmara dos Deputados e na rua".
Em seu país, Kast tem atuação parecida à de Bolsonaro ao se colocar como um arauto antiaborto, ao exaltar "com orgulho" a obra da ditadura chilena e ao defender que os civis tenham em casa armas para se defenderem.