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[caption id="attachment_142359" align="alignnone" width="700"] Foto: Ricardo Stuckert[/caption]
Uma frente democrática foi lançada por representantes de seis partidos políticos, nesta segunda-feira (15), com o objetivo de apoiar a candidatura de Fernando Haddad (PT) à presidência da República. A ideia central, de acordo com informações de Paulo Victor Chagas, da Agência Brasil, é obter mais sustentação de outras legendas para fortalecer um movimento contra a candidatura de Jair Bolsonaro (PSL) representada por valores contrários aos da “democracia, liberdade, os direitos do povo e a justiça social”.
A carta foi divulgada depois de uma reunião em Brasília. Além do PT, participaram integrantes do PCdoB e PROS, que fazem parte da coligação “O Povo Feliz de Novo”, e do PCB, PSB e PSOL, que na semana passada anunciaram apoio ao candidato petista para o segundo turno.
O presidente do PSB, Carlos Siqueira, disse que o PDT foi chamado, mas não participou porque o presidente da legenda, Carlos Lupi, estava em outro evento. O PDT declarou apoio crítico a Haddad no segundo turno. Integrantes do PSDB e do MDB serão procurados.
Na fala de todos os presentes, houve uma convergência sobre a necessidade de buscar alianças entre todos os partidos, independentemente de concordar ou não com o PT. Os dirigentes também criticaram o nível da campanha, classificada como agressiva e baseada em mentiras.
Gleisi Hoffmann, presidenta nacional do PT, destacou que uma das primeiras ações é pedir apoio de todos os partidos comprometidos com a democracia, começando por quase todas as legendas do Congresso Nacional que participaram do pacto que deu origem à Constituição Federal de 1988.
“Uma coisa é nós divergirmos em linhas programáticas da economia, em programas sociais. Outra coisa é abrirmos mão de todas as regras da democracia. O que está em risco é a democracia e os direitos da população, como trabalho, renda, as conquistas sociais que tivemos. Avaliamos que o momento é crítico”, ressaltou.
De acordo com Juliano Medeiros, presidente do PSOL, o apoio a Fernando Haddad no segundo turno tem vindo, inclusive, de pessoas que não são simpáticas à esquerda. Também estiveram presentes na reunião a presidenta nacional do PCdoB, Luciana Santos.
Ameaça
No documento, os partidos afirmam que votar em Haddad é dar uma resposta à “ameaça” do que classificaram como fascismo. Na opinião dos representantes dos partidos, a candidatura de Haddad representa “os valores da civilização contra a barbárie” e apresenta-se como um projeto de país em que “todos têm oportunidades, não apenas os privilegiados de sempre”.
“Acima de todas as diferenças, estamos conclamando todas as brasileiras e brasileiros a votar, neste segundo turno, pela democracia e pelo futuro do nosso Brasil. É hora de união e de luta, sem vacilações”, diz o manifesto.
Íntegra do documento
O Brasil vive um momento histórico que exige resposta firme de todos e todas que defendem a democracia, a liberdade, a soberania nacional, os direitos do povo e a justiça social.
As sementes do ódio e da violência, plantadas nos últimos anos pelas forças reacionárias e pelos donos das grandes fortunas, deram vida a uma candidatura que é o oposto desses valores; que rompe o pacto democrático da Constituição de 1988 e lança sobre o país a sombra do fascismo.
Votar em Fernando Haddad é a resposta a esta ameaça, porque sua candidatura representa os valores da civilização contra a barbárie, representa um projeto de país em que todos têm oportunidades, não apenas os privilegiados de sempre.
Votar em Fernando Haddad é a resposta às fábricas de mentiras e à violência que se espalha pelo país; o prenúncio de um estado autoritário, contra a vida, contra os direitos das pessoas, contra a liberdade e a justiça.
Acima de todas as diferenças, estamos conclamando brasileiras e brasileiras a votar, neste segundo turno, pela democracia e pelo futuro do nosso Brasil. É hora de união e de luta, sem vacilações.
PT, PCdoB, PCB, PSB, PSOL e PROS