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Cantor, compositor, escritor e poeta, Arnaldo Antunes publicou em sua página no Facebook um texto sob a hashtag #IstoNãoÉUmPoema (veja o vídeo abaixo) onde relata o cenário político atual, critica o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) e diz que "ainda dá", fazendo uma analogia ao nome de Fernando Haddad, candidato do PT ao Planalto.
"Ainda dá
para evitar
ainda
é tarde
de menos
para
conter
o ódio,
o horror e o ódio
ainda
dá
dd
a
d"
Escreveu Antunes. No texto - e no vídeo gravado - ele faz críticas ao discurso misógino, racista e homofóbico de Bolsonaro, como no trecho a seguir.
"Para quê
expor na cara desses caras
a palavra explícita
(gravada em vídeo e repetida, repetida, repetida)
do seu “mito”
dizendo
“eu apoio a tortura”
“eu defendo a ditadura”
“eu vou fechar o congresso”
“não servem nem para procriar”
“não te estrupro porque você não merece”
“a gente vai varrer esses vagabundos daqui”
“o erro foi torturar e não matar”
“viadinho tem que apanhar”"
Antunes ainda indaga: "como explicar a lei Rouanet para quem ainda não assimilou a lei Áurea?” e "como explicar a lei da gravidade para quem ainda crê que a terra é plana?"
O cantor ainda crítica a defesa que Bolsonaro faz do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, acusado de ser um dos comandantes da tortura na época da Ditadura. "Em seus próprios comícios/ camisetas de outro/ ultra-monstro/ ustra/ aquele que além de torturar/ levava crianças para verem/ suas mães torturadas".
O titã também faz menção aos casos de violência promovidos por apoiadores do Bolsonaro em todo o país.
"Empoderados pelo discurso
de ódio
de horror e ódio
seus eleitores
já saem pelas ruas
dando tiros
e gritos
enxurradas de fakes
suásticas nazistas gravadas com canivete
na pele da menina
que usava “ele não” estampado na blusa
e a promessa de violência desmedida
se concretizando"
Veja o vídeo abaixo.