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O site do Exército tem compartilhado notícias de outros sites sobre política e economia. No destaque de hoje, uma matéria informando que o mercado financeiro está em festa por conta da expectativa da condenação de Lula no próximo dia 24
Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania
O site do “Exército Brasileiro”, todo em verde-oliva, vem divulgando caudaloso conteúdo político. Em 9 de janeiro de 2018, a matéria principal dizia que o mercado financeiro está em festa por conta da expectativa da condenação de Lula no próximo dia 24, no TRF4.
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Os textos são redigidos sem assinatura, são apócrifos. Eis os dois primeiros parágrafos
“Os mercados financeiros no Brasil começaram a segunda semana do ano ainda em tom positivo. O real segue próximo às máximas em um mês, enquanto uma medida de risco no mercado de juros caiu ao menor patamar desde novembro. O Ibovespa continua a desafiar previsões céticas e se aproximou mais do inédito patamar de 80 mil pontos. O bom desempenho das praças locais se apoia em expectativas quanto à eleição presidencial e também no exterior, onde ativos de risco mantêm a trajetória ascendente que marcou o ano passado. Mas analistas alertam que muito das boas notícias já estão nos preços, o que aumenta riscos de um “desconto” nos mercados no caso de frustrações.
O grande ponto de atenção do mercado atualmente – e no qual agentes financeiros têm se apoiado para manter o bom humor – é o julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelo TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), que pode impedir o petista de concorrer à eleição presidencial de 2018. Sem Lula, o mercado aposta na vitória de um candidato de centro-direita, mais favorável à continuação de medidas de ajuste macroeconômico, como a reforma da Previdência”
O site também divulga um clipping dos grandes jornais, somente conteúdo político e sobre economia.
Em entrevista recente, o ex-chanceler Celso Amorim explicou por que militares não podem nem devem falar de política e dar pitacos sobre economia publicamente.
“Vemos militares dando opinião favorável às privatizações no Brasil. Isso é surpreendente”, diz o ex-ministro das Relações Exteriores e da Defesa nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, respectivamente.
Celso Amorim se refere às declarações recentes dadas pelo general Sérgio Westphalen Etchegoyen, ministro-chefe do gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, que defendeu o processo de privatizações que vem sendo levado a cabo pelo presidente golpista, Michel Temer (PMDB).
Amorim, no entanto, aponta que a questão não é a defesa das privatizações, mas o fato de pessoas do alto-comando do Exército virem a público dar opiniões sobre política. “Ainda que fosse contra as privatizações, isso seria errado”, defende o ex-ministro.