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Carlos Eduardo Thompson, presidente do tribunal que julgará Lula, argumentou que a chefe de gabinete, ao fazer campanha pela prisão do ex-presidente, estava "fora do horário de trabalho"
Por Redação
Nesta segunda-feira (8) os funcionários do Tribunal Regional da 4ª Região (TRF-4) em Porto Alegre (RS), onde ocorrerá o julgamento do ex-presidente Lula no próximo dia 24, voltaram ao trabalho após o recesso de final de ano. Com a volta às atividades, a assessoria do presidente do tribunal, Carlos Eduardo Thompson, se posicionou quanto à notícia divulgada pela Fórum na semana passada de que sua chefe de gabinete estava fazendo campanha em prol da prisão de Lula.
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Em nota, a assessoria informou que a chefe de gabinete do TRF-4 Daniela Tagliari Kreling Lau, autora da postagem de uma petição exigindo a prisão do petista, estava "fora de seu horário de trabalho" quando compartilhou a petição e que estava "em caráter absolutamente dissociado das funções do cargo que atualmente ocupa".
Apesar de a chefe de gabinete ocupar um cargo técnico - isto é, sem relação com a área fim da corte -, políticos do PT consideraram a declaração de Daniela uma demonstração da "militância do judiciário".
"Não bastasse a declaração do presidente do TRF-4, que mesmo confessando não ter lido a sentença de Moro disse que a peça era “perfeita”, agora a sua chefe de gabinete faz campanha para pedir a condenação de Lula, publicamente e sem cerimônias. O golpe continua em todas as frentes. Resistir é preciso!”, escreveu o deputado federal gaúcho Pepe Vargas.
Foto: Reprodução/Facebook