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Da Redação
O juiz Ricardo Leite, da Justiça Federal no DF, que proibiu Lula de sair do país e determinou a apreensão do passaporte do ex-presidente, dificultou a obtenção de provas contra os fraudadores da Receita, na Operação Zelotes, segundo o Ministério Público Federal.
Juiz da Operação Zelotes, que apura esquema de corrupção no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), órgão responsável por julgar os autos de infração da Receita, foi denunciado pelo MP, que pediu o seu afastamento.
A Procuradoria já representou contra Leite na Corregedoria do TRF (Tribunal Regional Federal) da 1ª Região, em abril de 2015.
Reportagem da Folha de S. Paulo, de 20 de junho de 2015, dizia que "segundo a polícia, multas contra empresas somando R$ 19 bilhões tiveram o julgamento alterado pela ação de uma quadrilha que atuava junto ao órgão. O Ministério Público, no entanto, disse que não conseguirá anular a maioria dos casos, porque várias decisões judiciais dificultaram a obtenção de provas. O juiz Ricardo Leite negou todos os pedidos de prisão dos investigados, suspendeu escuta telefônica e não autorizou buscas e apreensões”.
Em 2016, o juiz aceitou denúncia do MP e tornou Lula réu em uma ação criminal no mesmo dia. A acusação, com base em delação do ex-senador Delcídio do Amaral, é de tentar obstruir investigações da Operação Lava Jato.
Em maio de 2017, o mesmo juiz decretou a suspensão do Instituto Lula por iniciativa própria, tendo atribuído a um pedido do MP que não existiu.
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