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“Uma sociedade sem sonho é uma boiada. Aviso a elite brasileira: esperem, pois nós vamos voltar e mostrar que esse país vai ser respeitado novamente”.
Da Redação
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Durante o ato que levou uma multidão à Praça da República, me São Paulo, na noite de ontem, o ex-presidente Lula levantou um desafio: “Eu queria ficar um dia fechado numa sala com esses três juízes para que eles me mostrassem qual foi o crime que cometi. Nunca tive a ilusão com o resultado do julgamento. Na verdade, houve um pacto entre o Judiciário e a imprensa – a Rede Globo, a Veja, o Estadão, a Folha de S.Paulo -, que resolveram que era a hora de acabar com o PT. Eles não suportavam mais a ascensão e a escolaridade das pessoas”, disse. “É muita gente com carro na rua. A culpa é dessa desgraça do PT, que fica dando poder de compra para pobre”, declarou.
Lula ainda afirmou que respeitará a decisão “porque foi deles”. “O que eu não aceito foi a mentira pela qual eles tomaram a decisão”, emendou. “Eu não estou preocupado se eu vou ser candidato a presidente da República, não. Eu quero que eles digam qual foi o crime que eu cometi”, acrescentou. “Eles sabem que eu não cometi um crime”, destacou.
“Agora estou condenado por um desgraçado de um apartamento que não é meu. Já que me condenaram podiam me dar a escritura do imóvel”. Lembrou um personagem histórico, alvo de injustiças: “O Mandela ficou preso 27 anos e a luta não diminuiu. Ele voltou e foi presidente da África do Sul. O povo não aceita mais ser subserviente”. E emendou: “Eles podem prender o Lula, mas não podem prender o sonho de liberdade, a esperança. As pessoas já sabem que é gostoso comer bem, morar bem, viajar de avião. Nós são somos de segunda categoria. Vamos colocar o filho da empregada doméstica no banco de escola da patroa”, acrescentou.
E finalizou: “Uma sociedade sem sonho é uma boiada. Aviso a elite brasileira: esperem, pois nós vamos voltar e mostrar que esse país vai ser respeitado novamente. Vamos provar que o povo pobre nunca foi problema. Ele é a solução. Quero dizer um até breve. Vou viajar para a Etiópia, mas eu volto para a continuar a luta”.
Foto: Reprodução