Tucano Fernando Capez, ex-presidente da Alesp, é indiciado por “máfia da merenda”

O deputado estadual recebeu a acusação de corrupção passiva e lavagem de dinheiro ;elo escândalo, que detectou desvios em contratos da Secretaria de Educação do governo Geraldo Alckmin (PSDB) e em prefeituras; procurador pediu suspensão imediata do mandato do tucano.

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O deputado estadual recebeu a acusação de corrupção passiva e lavagem de dinheiro pelo escândalo, que detectou desvios em contratos da Secretaria de Educação do governo Geraldo Alckmin (PSDB) e em prefeituras; procurador pediu suspensão imediata do mandato do tucano. Da Redação* O procurador-geral de Justiça do Ministério Público de São Paulo, Gianpaolo Smanio, apresentou denúncia contra o deputado estadual Fernando Capez (PSDB), sob acusação de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso conhecido como “máfia da merenda”. O escândalo veio à tona há dois anos, com a deflagração da Operação Alba Branca, que detectou desvios em contratos da Secretaria de Educação do governo Geraldo Alckmin (PSDB) e em prefeituras. Capez, que também é procurador licenciado do Ministério Público paulista, presidiu a Assembleia Legislativa até o ano passado. As informações são de Reynaldo Turollo Jr., da Folha de S.Paulo. Ajude a Fórum a fazer a cobertura do julgamento do Lula. Clique aqui e saiba mais. O dinheiro desviado do Estado -R$ 1,11 milhão, o equivalente a 10% dos contratos- pagou despesas da campanha de 2014 do tucano, inclusive dívidas que ficaram pendentes até 2015, segundo a acusação. Além de Capez, foram denunciadas outras oito pessoas - dois ex-assessores de seu gabinete, dois integrantes da Secretaria de Educação e quatro homens ligados à Coaf (Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar), sediada em Bebedouro (SP), entre eles o lobista Marcel Ferreira Julio, que fechou acordo de delação premiada. Devido ao foro especial de Capez, caberá ao Órgão Especial do Tribunal de Justiça decidir se recebe a denúncia e abre ação penal contra ele, tornando-o réu. Smanio também pediu a suspensão imediata do mandato de Capez e de suas funções como procurador de Justiça. “Não bastasse o risco à ordem pública gerado pelas condutas do denunciado Fernando Capez, não se pode olvidar que os poderes inerentes aos cargos ocupados podem ser indevidamente utilizados por ele para constranger testemunhas e conturbar a colheita da prova”, escreveu. *Com informações da Folha de S.Paulo e do Brasil 247 Foto: Divulgação/Alesp