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Partido havia suspendido o ex-ministro por 60 dias pelo fato de ele, segundo a legenda, ter mentido sobre o ex-presidente Lula ao juiz Sérgio Moro. Condenado e tentando abrandar sua pena, Palocci diz que sai do partido "sem ressentimentos"
Por Redação
Em carta enviada nesta terça-feira (26) à presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, o ex-ministro Antônio Palocci pediu sua desfiliação da legenda. Na semana passada, a Executiva do PT havia determinado a suspensão de Palocci por 30 dias por conta do depoimento que prestou ao juiz Sérgio Moro no início do mês. De acordo com a legenda, o ex-ministro mentiu sobre o ex-presidente Lula.
"Ofereço minha desfiliação, e o faço sem qualquer ressentimento ou rancores. Meu desligamento do partido fica então à vossa disposição", disse.
Ao juiz Sérgio Moro, Palocci falou que Lula tinha "pacto de sangue" com a Odebrecht em um esquema milionário de propina.
A tentativa do ex-ministro de incriminar Lula já era esperada pelo partido, uma vez que há meses que Palocci vem tentando negociar uma delação premiada para abrandar sua pena depois de ter sido condenado pela Lava Jato.
Na carta, ele insiste em reafirmar a veracidade do que contou à Moro.
"Quero adiantar que são fatos absolutamente verdadeiros. São situações que presenciei, acompanhei ou coordenei normalmente junto ou a pedido do ex-presidente Lula. Tenho certeza que, cedo ou tarde, o próprio Lula irá confirmar tudo", pontuou.
Confira a íntegra.