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Instituto comprou, sem licitação, um terreno do governo com desconto de 80% em área nobre de Brasília, com um projeto aprovado para, em troca dos benefícios, gerar somente 12 empregos.
Da Redação*
Gilmar Mendes segue dando as cartas. O Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), faculdade que tem o ministro do Supremo Tribunal Federal como sócio, escapou de pagar R$ 2 milhões pelo terreno cedido sem licitação pelo governo do Distrito Federal, em uma das áreas mais nobres de Brasília. A faculdade faz parte do grupo de empresas beneficiadas por decisões do Tribunal de Contas do DF. O tribunal, no passado, criticou o programa do governo que deu os terrenos com descontos e sem licitação, mas agora entendeu que não cabia aos empresários terem que arcar com custos de pagar o valor de mercado.
No caso de Gilmar Mendes, a decisão é de maio deste ano. O IDP ganhou o terreno com 80% de desconto, sem precisar concorrer a uma licitação. Pelos cálculos do tribunal, o valor de mercado era de cerca de R$ 2,7 milhões. Era justamente a diferença entre o que foi pago e o valor de mercado que estava em discussão para definir se o IDP deveria pagar ao governo do DF. Esse benefício fez parte de um programa chamado Pró-DF, criado pelo governo local para desenvolver regiões do DF. Mas acabaram entrando alguns terrenos no Plano Piloto de Brasília, a região mais nobre da cidade. O IDP fica na L2, uma das avenidas da Asa Sul.
*Com informações do BuzzFeed
Foto: José Cruz/Agência Brasil/Fotos Públicas