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O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, encaminhou nesta quinta-feira (14) ao Supremo Tribunal Federal (STF) nova denúncia contra o presidente Michel Temer. Desta vez, o peemedebista é acusado de obstrução da Justiça e organização criminosa.
Também foram denunciados pelos mesmos crimes outras 8 pessoas, incluindo aliados, ex-aliados e homens fortes do governo Temer. Estão na lista o dono da JBS, Joesley Batista, o executivo Ricardo Saud e os seguintes políticos: Eliseu Padilha (PMDB-RS), ministro da Casa Civil; Moreira Franco (PMDB-RJ), ministro da Secretaria-Geral; Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ex-deputado; Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), ex-deputado e ex-ministro; Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), ex-ministro; Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), ex-deputado e ex-assessor de Temer.
Na denúncia, Janot acusa Temer e os outros denunciados de comporem um esquema de corrupção envolvendo integrantes do PMDB na Câmara dos Deputados com objetivo de obter vantagens indevidas em órgãos da administração pública. Na acusação, o procurador-geral diz que Temer atuou para comprar o silêncio do doleiro Lúcio Funaro, um dos delatores nas investigações e que teria sido o operador do suposto esquema. A suposta interferência teria ocorrido por meio dos empresários da JBS, Joesley Batista e Ricardo Saud.
No mês passado, a Câmara dos Deputados já havia rejeitado uma primeira denúncia por corrupção passiva contra o presidente. Agora, para que o STF dê início ao julgamento, o processo passará pelo mesmo procedimento e a denúncia precisará ser analisada, mais uma vez, pela Câmara.
Temer já havia se tornado, com a primeira denúncia, o primeiro presidente a ser denunciado por corrupção em pleno exercício do mandato. Com essa nova denúncia da PGR, o peemedebista bate mais um recorde e acumula 2 denúncias, um feito histórico.
Confira a integra da nova denúncia aqui.
Foto: Beto Barata/PR