Ministro do STF determina abertura de novo inquérito contra Temer

Luís Roberto Barroso vê indícios de que o peemedebista está envolvido em corrupção e lavagem de dinheiro na edição de um decreto no setor de portos.

Escrito en POLÍTICA el
Luís Roberto Barroso vê indícios de que o peemedebista está envolvido em corrupção e lavagem de dinheiro na edição de um decreto no setor de portos. Da Redação* Luís Roberto Barroso, ministro do Supremo Tribunal Federal, determinou a abertura de um inquérito para investigar o presidente da República, Michel Temer, por suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro na edição de um decreto no setor de portos. Na decisão, Barroso diz que existe razoabilidade em a Procuradoria-Geral da República considerar nos autos elementos suficientes para a instauração de inquérito. Ele disse que as provas colhidas mostram que o ex-deputado e ex-assessor de Temer, Rodrigo Rocha Loures, menciona intermediários de repasses ilícitos para o presidente em troca de favorecimento da empresa Rodrimar. “Os elementos colhidos revelam que Rodrigo Rocha Loures, homem sabidamente da confiança do presidente da República, menciona pessoas que poderiam ser intermediárias de repasses ilícitos para o próprio presidente da República, em troca da edição de ato normativo de específico interesse de determinada empresa, no caso, a Rodrimar”, escreve o ministro. Barroso também disse que a o inquérito para investigar o presidente é um "preço" a pagar pelo princípio republicano que determina a igualdade de todos perante a lei. “A ninguém deve ser indiferente o ônus pessoal e político de uma autoridade pública, notadamente o presidente da República, figurar como investigado em procedimento dessa natureza”, afirma Barroso na decisão, que tem oito páginas. “Mas este é o preço imposto pelo princípio republicano, um dos fundamentos da Constituição brasileira, ao estabelecer a igualdade de todos perante a lei e exigir transparência na atuação dos agentes públicos”, completa o ministro. *Com informações do G1 Foto: Carlos Humberto/SCO/STF/Fotos Públicas