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Encontro entre o ministro e advogado da J&F aconteceu em abril deste ano e Joesley apareceu de surpresa.
Da Redação
Na última semana, Joesley Batista e Ricardo Saud passaram a ser investigados por omissão de gravações, as quais pretendiam entregar gradualmente às autoridades. Isso, inclusive, implicaria na anulação do acordo de delação premiada, firmada pelos executivos da JBS.
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Muito vem sendo falado sobre possíveis nomes interceptados nesses áudios ainda inéditos. Quando questionados acerca do ministro do STF Gilmar Mendes, os delatores sempre deixaram o assunto no ar. Não desmentiram o fato, mas, por outro lado, afirmavam que isso não teria importância já que no possível diálogo não haveria crime.
Segundo divulgado na coluna de Mônica Bergamo, na Folha, Gilmar está seguro de que foi gravado pelo empresário Joesley Batista. "Eu hoje estou convicto disso", diz. Em abril deste ano, o ministro se encontrou com Francisco de Assis, advogado da J&F – sem saber que eles já negociavam acordo de delação – e no meio da conversa o dono da JBS apareceu de surpresa. Na época, o juiz não deu importância ao fato.
"O grave é que eles estavam sendo pilotados pela PGR (Procuradoria-Geral da República), mais especificamente pelo (ex-procurador) Marcello Miller, que não era o braço direito e sim o cérebro do (procurador-geral) Rodrigo Janot", ataca Gilmar Mendes. "Os próprios delatores dizem em suas conversas que tinham a tarefa de destruir o STF. Eles não investigavam mas sim tinham um projeto de poder", conclui.
Ainda segundo a colunista, nos meios jurídicos, circulam informações de que também profissionais do IDP (Instituto de Direito Público), do qual Gilmar é sócio, teriam sido grampeados.
*com informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha
Fotos: Antonio Cruz/Agência Brasil e Rovena Rosa/Agência Brasil