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"Se o filme fosse sobre algum processo que eu já tive em minhas mãos, ninguém iria sorrir, nem eu, nem ninguém", afirmou o juiz Luís Carlos Valois, se referindo ao momento de lazer vivido por Moro, delegados e procuradores durante a exibição do filme "Polícia Federal - A Lei é para todos". Leia
Por Redação
O juiz Luís Carlos Valois, da Vara de Execução Penal do Tribunal de Justiça do Amazonas, fez duras críticas à exibição do filme "Lava Jato - A Lei é para todos", no último final de semana, que teve até tapete vermelho para o juiz Sérgio Moro.
Em postagem no Facebook nesta quinta-feira (31), Valois, que é um dos juízes mais respeitados do país, foi contundente ao comentar o fato de que a plateia, composta por Moro, delegados da Polícia Federal e procuradores, se divertiram durante a exibição do filme.
"Se o filme fosse sobre algum processo que eu já tive em minhas mãos, ninguém iria sorrir, nem eu, nem ninguém. Talvez fosse um filme de drama, talvez um de suspense, podia até ser um de terror, mas nenhum com a capacidade de se fazer sorrir comendo pipoca. Poderia fazer chorar, fazer virar a cara, dar nojo e até dar vontade de sair do cinema, mas nunca fazer sorrir", escreveu.
De acordo com o juiz, é falso achar que a justiça penal possa ser transformada em algo "plasticamente belo", como sugerem as fotos da plateia sorrindo ao longo da exibição.
"A justiça penal é triste, deve ser triste, para o bem da sociedade e da possibilidade de se manter são. Eu não vi esse filme, mas se ele é sobre justiça penal, polícia e prisão, e causa essa alegria toda, eu não vou ver", completou.
O filme "Polícia Federal - A Lei é para todos" também foi duramente criticado pelo crítico de cinema Pablo Villaça. Em vídeo, Villaça garantiu que a obra é "política, partidária e anti-PT". Confira aqui.