Temer reduz recursos e Forças Armadas podem entrar em colapso

Segundo o comando do setor, hou um contingenciamento de 40% e o dinheiro só é suficiente para cobrir gastos até setembro.

Forças armadas já estão operando nas ruas e avenidas do Rio Rio de Janeiro - Forças Armadas atuam na segurança pública na praia de Copacabana, zona sul da capital fluminense (Tomaz Silva/Agência Brasil)
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Segundo o comando do setor, hou um contingenciamento de 40% e o dinheiro só é suficiente para cobrir gastos até setembro. Da Redação* As Forças Armadas podem entrar em colapso já em setembro, em consequência da falta de dinheiro. O governo de Michel Temer (PMDB) anunciou um contingenciamento de recursos da ordem de 40%. Segundo informações do comando do seor, caso não haja mais verba, o plano é reduzir expediente e antecipar a dispensa de recrutas. A crise financeira já afetou a vigilância da fronteira, os pelotões do Exército na Amazônia e a fiscalização da Marinha na costa. A Aeronáutica, por sua vez, paralisou atividades, reduziu efetivos e acabou com esquadrões permanentes. De acordo com o comando das Forças, neste ano, houve um contingenciamento de 40%, e o recurso só é suficiente para cobrir os gastos até setembro. A Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados (DFPC) do Exército, responsável por monitorar o uso de explosivos, está sendo atingida. Perdeu parte da capacidade operacional para impedir o acesso a dinamites por facções como Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho, que roubam bancos e caixas eletrônicos. O Comando do Exército confirmou que o contingenciamento reduz “drasticamente” a fiscalização do uso de explosivos, abrindo caminho para o aumento de explosões de caixas. A DFPC é um dos órgãos das Forças Armadas de apoio ao sistema de segurança pública atingidos pela falta de recursos. A diretoria está tendo dificuldades de manter operações e combater desvios de explosivos para o crime organizado. No mês passado, a Federação Nacional dos Bancos (Febraban) esteve na Comissão de Segurança Pública da Câmara para pedir maior combate ao crime organizado. Há 23 mil agências e 170 mil terminais de autoatendimentos no país. Só neste mês, quadrilhas destruíram com dinamites agências em Lindoia (SP), em Indaiatuba (SP) e em Capelinha (MG). Em junho, os bandidos agiram em Brasília – são 22 ações desde 2016 no Distrito Federal. *Com informações do Estado de S.Paulo e Brasil 247 Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil/Fotos Públicas