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Da Redação | Foto: Secom/SP
O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), usou suas redes sociais para atacar um repórter, autor de uma matéria contrária à sua gestão. A reportagem de Artur Rodrigues, na Folha, diz que o prefeito havia anunciado, em coletiva de imprensa, que a indústria farmacêutica faria uma doação emergencial de 120 milhões em remédios. No entanto, afirma o texto, as doações empacaram: após cinco meses, “somente cerca de R$ 11 milhões em medicamentos tiveram o processo de doação concluído, segundo as planilhas da própria prefeitura”.
Em vídeo, Doria respondeu, com o jornal na mão: “Hoje estou aqui para contestar”, disse. “Empacam coisa nenhuma, sr. Artur Rodrigues, da Folha de S. Paulo”. Para o prefeito as doações são uma “política pública diferenciada buscando recursos da área privada”. Ele ainda ressaltou que está buscando um “apoio desinteressado das empresas”.
O prefeito ainda atacou o Partido dos Trabalhadores: “Vocês nunca viram isso ou então viram aquilo que o PT fez ao longo da sua existência, que é pedir, roubar e comprometer.”
Por fim, ele manda um “recado” para o repórter Artur Rodrigues: “Na próxima matéria pesquise melhor”.
Após o vídeo, houve diversas críticas contra o prefeito. O colunista de política do Estadão José Roberto Toledo, considerou que o que Doria fez ao atacar o repórter foi uma “tentativa de intimidação 2.0”. Outro jornalista, Daniel Bramatti?, também do Estadão, afirmou, pelo Twitter: “linchamento virtual instigado por autoridade/figura pública é ainda mais abominável. Minha solidariedade ao colega Artur Rodrigues”.