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Vinte novos anexos devem ser feitos para complementar informações enviadas ao Ministério Público Federal. Constarão nomes de 1.829 políticos, de 28 partidos, que receberam contribuição ilegal, além do esquema de propina no Ministério da Agricultura
Por Redação*
Como parte do acordo de delação premiada fechada pelos irmão Batista e diretores do frigorífico JBS, serão encaminhados em breve à Procuradoria-Geral da República, PGR, cerca de 20 novos anexos. Neles, são detalhados esquemas de corrupção e financiamento irregular de campanhas.
Dos vinte novos anexos, segundo a Folha de S.Paulo, Joesley Batista fará a metade. Os dados mostrarão propinas e financiamento irregular de campanha para 1.829 políticos, de 28 partidos, num total de mais de R$ 600 milhões. São prometidas também provas e o relato das contrapartidas pedidas e que foram dadas ao grupo JBS.
O irmão Wesley Batista promete entregar o suposto suborno a pelo menos 200 funcionários do Ministério da Agricultura, encarregados da fiscalização a frigoríficos. Segundo relatou a Folha, todas as empresas do setor tinham que pagar os fiscais num caso de corrupção sistêmica.
Além dos irmãos, os novos anexos estão sendo preparados pelo diretor de relações institucionais da J&F, Ricardo Saud, e o diretor jurídico, Francisco de Assis. Nos documentos de Francisco de Assis estarão os casos envolvendo o ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e doleiro Lúcio Bolonha Funaro, numa tentativa de se adiantar às denúncias que provavelmente Cunha e Funaro farão.