Eunício ameaça usar polícia, retoma mesa diretora "na marra" e inicia votação da reforma trabalhista

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"A maioria aqui é empresário ou da aristocracia do serviço público. Quantos aqui passaram fome? Quantos sacolejaram 40, 50 minutos para ir trabalhar?" disse a senadora Gleisi Hoffmann, uma das que ocuparam a mesa diretora por mais de 7 horas para barrar a votação às pressas da reforma que deve retirar direitos trabalhistas. Partidos começam a encaminhar voto. Acompanhe ao vivo  Por Redação  O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), retomou "na marra" sua cadeira na mesa diretora e deu início ao procedimento de votação da reforma trabalhista. A sessão estava suspensa desde a manhã desta terça-feira (11), quando 5 senadoras da oposição ocuparam a mesa com o intuito de barrar a votação e fazer uma discussão maior em torno do projeto que deve retirar direitos trabalhistas. Depois de cortar a luz e os microfones por horas, Eunício voltou ao Senado com um microfone sem fio e ameaçou usar a Polícia Legislativa para retomar a sessão. Um bate boca se iniciou, ele retomou sua cadeira mas, mesmo assim, deu início a parte em que os partidos dão os encaminhamentos de voto. Há, neste momento, 50 senadores no plenário. Para que a reforma seja aprovada e vá para sanção presidencial, é preciso, no mínimo, 26 votos. PSDB, DEM, PR, PP e PTB encaminharam voto favorável à reforma trabalhista. PDT, Rede, PT e PCdoB encaminharam voto contrário. Em sua intervenção, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), uma das que ocupou a mesa diretora mais cedo, classificou a votação da matéria como "vergonhosa". "A maioria aqui é empresário ou da aristocracia do serviço público. Quantos aqui passaram fome? Quantos sacolejaram 40, 50 minutos para ir trabalhar?", questionou. Leia também: Senador grita com mulheres que ocupam a mesa e Gleisi responde: “Você tem medo de mulher?” Acompanhe ao vivo a sessão.