Depois de pedir mais prazo, Temer não responde às perguntas da PF e pede arquivamento do inquérito

Brasília- DF 05-10-2016 Presidente, Michel Temer e Primeira dama, Marcela Temer, durante Cerimônia de Lançamento do Programa Criança Feliz Palácio do Planalto Foto Lula Marques/Agência PT
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No dia 30, o ministro Fachin autorizou que a PF interrogasse o presidente, investigado no Supremo por corrupção, organização criminosa e obstrução da Justiça. À princípio, Temer tinha 24 horas para responder e pediu mais prazo. O Supremo concedeu e, chegado o dia de entregar as respostas, não entregou  Por Redação  Se encerrou nesta sexta-feira (9) o prazo concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para que o presidente Michel Temer respondesse o interrogatório de 83 perguntas enviado pela Polícia Federal (PF). O ministro Luiz Edson Fachin autorizou que a PF interrogasse o peemedebista no último dia 30 e, a partir do momento em que recebesse as perguntas, teria 24 horas para responder. A defesa de Temer pediu, então, para que se estendesse o prazo para enviar as respostas e o STF estabeleceu uma nova data, que seria nesta sexta-feira (9). O presidente, mesmo após pedir mais tempo, no entanto, não respondeu as perguntas. No ofício da defesa encaminhado ao STF, o advogado Antonio Claudio Mariz de Oliveira sugere que a investigação é parcial e pede o arquivamento do inquérito. "Cumpre inicialmente ponderar que, houvesse Vossa .Excelência sido o autor dos questionamentos feitos por escrito ou em colheita de depoimento oral, teria havido, com certeza, uma adequada limitação das perguntas ao objeto das investigações. Indagações de natureza pessoal e opinativa, assim como outras referentes aos relacionamentos entre terceiras pessoas ou aquelas que partem de hipóteses ou de suposições e dizem respeito a eventos futuros e incertos não teriam sido formuladas. No entanto, foram feitas e demonstram que a autoridade mais do que preocupada em esclarecer a verdade dos fatos desejou comprometer o Sr. Presidente da República com questionamentos por si só denotadores da falta de isenção e de imparcialidade por parte dos investigadores", escreveu. A partir do depoimento de Joesley Batista, que acusou Temer de pedir propina, o presidente passou a ser investigado pelo STF por corrupção passiva, organização criminosa e obstrução da Justiça. Foto: Lula Marques