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O PSDB decide na próxima segunda-feira (12) se permanece na base. O partido aguarda a conclusão do julgamento no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que pode cassar Temer, para tomar uma decisão.
Da Redação*
De acordo com informações da Folha de São Paulo, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), mandou um recado nesta quinta-feira (8) aos tucanos que ameaçam deixar a base de Temer:
"Se o PSDB deixar hoje a base vai ficar muito difícil de o PMDB apoiá-los nas eleições de 2018", disse Jucá. "Política é feita de reciprocidade".
O PSDB decide na próxima segunda-feira (12) se permanece na base. O partido aguarda a conclusão do julgamento no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que pode cassar Temer, para tomar uma decisão.
Contudo, embora a expectativa seja de que a corte eleitoral não impugnará o mandato do peemedebista, tucanos estudam mesmo assim um desembarque.
Em reuniões das bancadas do PSDB da Câmara e do Senado, nesta quarta (7), cresceu o sentimento de que é preciso romper com Temer. Os parlamentares avaliam que fatos ruins contra Temer "não deixarão de aparecer" e que isso pode provocar um desgaste maior ao partido para as eleições de 2018 do que se decidir hoje por romper com o PMDB.
O líder do PSDB na Câmara, Ricardo Tripoli (SP) diz que a maioria no partido não vê como o peemedebista terminar o governo. "Conversei com os senadores e a maioria deles defende a saída do governo e a entrega dos ministérios, mantendo o apoio à agenda [reformas]", disse o líder da sigla. "Alguns acham que não é o momento de sair. Mas há uma unanimidade, ou são quase todos, que acham que o Michel Temer não consegue terminar o governo", disse.
O PSDB fará uma reunião "estendida" na próxima segunda-feira (12) para debater o assunto. O encontro ocorreria nesta quinta (8), mas acabou sendo adiado para aguardar a conclusão de um julgamento no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que pode resultar na cassação de Temer.
O presidente nacional do PSDB, Tasso Jeraissati, que até então vinha se mantendo como defensor da manutenção do partido no governo, deu sinais de que a posição pode ser revista. Após um almoço com a bancada do partido no Senado, afirmou que a legenda "não precisa ter cargo e ministérios para continuar apoiando as reformas".
*Com informações da Folha
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil