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A economia fortalecida tão prometida pela dupla Temer e Henrique Meirelles com regimes duros de ajustes, arrochos dos estados e municípios, e sacrifício de servidores públicos, ainda não foi alcançada. Com resultados pífios, como uma queda de inflação mantida por uma diminuição das vendas, e a alta taxa de desempregados, a equipe econômica do governo não sabe para qual direção apontar
Por Zeca Dirceu*
A economia fortalecida tão prometida pela dupla Temer e Henrique Meirelles com regimes duros de ajustes, arrochos dos estados e municípios, e sacrifício de servidores públicos, ainda não foi alcançada. Com resultados pífios, como uma queda de inflação mantida por uma diminuição das vendas, e a alta taxa de desempregados, a equipe econômica do governo não sabe para qual direção apontar.
Com um déficit já previsto aos cofres do Estado para este ano no valor de R$ 139 bilhões, o governo anunciou déficit extra de mais R$ 58,2 bilhões para 2017. Nem a famigerada PEC do Teto dos Gastos Públicos surtiu o efeito pretendido por Meirelles. E o crescimento do PIB baixou sua previsão para apenas 0,5% este ano. O desemprego, o achatamento dos salários, a menor distribuição de renda, e o endividamento familiar são os motivos desses números tão desoladores.
Os resultados das medidas tomadas por Temer e sua equipe só estão aumentando as pressões nas ruas contra suas reformas trabalhista e previdenciária, que além de não solucionar a questão econômica dos cofres públicos, retira direitos consolidados e infla conflitos sociais, agrários e trabalhistas. As manifestações, paralisações de categoria de trabalhadores só mostra a desaprovação das políticas de ajuste econômico implantadas pelo governo.
Ameaçado perder nas votações no Congresso Nacional, Temer já sinalizou que pode recorrer ao aumento de impostos. Um planejamento que busca uma recuperação para atender apenas a uma minoria. É um crescimento que pode acontecer, mas sem distribuição de renda, geração de emprego ou melhoria nas condições de vida das pessoas. De uma forma ou de outra, ele penaliza a população com a conta que não consegue fechar.
Por outro lado, alguns não deixam de ganhar com essas políticas, os bancos, os rentistas e os especuladores. Estes têm lucrado com a taxa de juros estratosférica, ou repassam custos de produção para consumidores, além de estimular políticas de demissões para garantir seus lucros.
O anúncio de melhoras no início do governo Temer, nada mais foi que a recuperação do setor de petróleo, alavancados pelo aumento no preço do barril no mercado externo. O que pode ajudar nossa economia a ir se recuperando, mas falta a política interna, o fortalecimento de um governo representativo que possa mudar nossos rumos.
Se os números do mercado interno ainda demonstram algum fôlego nos últimos meses, é porque o trabalho de pequenos produtores, comerciantes, trabalhadores, e pequenos e microempresários são responsáveis por fazer a economia girar no Brasil. É a mola propulsora que mantém os bons resultados nos municípios em todo país. A expectativa dos economistas é que o PIB melhore apenas em 2018, puxado pela nossa agricultura.
Porém, com a crise política que se instalou nos últimos dias, só piora o cenário desse governo. Ou Temer sai de cena e devolve os rumos do país para o povo ou a economia deve permanecer na farsa mantida por Meirelles e sua equipe econômica.
*Zeca Dirceu é Deputado Federal Zeca Dirceu – PT/PR